segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Pais e filhos uma aprendizagem constante!

Papai e mamãe estão aprendendo, aos poucos que deixaram de ser só os dois, o papai, deverá deixar de pensar como os homens do passado e lembrar que: 
Nos dias de hoje, cada vez mais as mulheres ganham espaço importante no mercado de trabalho, dividindo as contas que até então era uma obrigação dos homens, portanto, os homens precisam mudar também a maneira de pensar sobre as obrigações com a casa e com os filhos. Parece difícil às vezes entender que sua esposa, embora não tenha o mesmo pensamento que os maridos, ela têm as mesmas necessidades, pois a humanidade nesse ponto acaba se equiparando. As mesmas necessidades significa:  Sentar no sofá e descansar após um longo dia de trabalho pesado e não um privilégio masculino. A esposa também quer comer uma comidinha especial e fresca sem ter que ralar com a barriga no fogão. Tudo o que fazemos por prazer é muito melhor e tem sempre um sabor especial, já parou para pensar nisso?  A obrigação de todo dia chegar em casa e ter que fazer sempre as mesmas coisas, pela maldita obrigação, essa rotina acaba por criar um clima tenso e a relação entre o casal passa a ter pequenos desentendimentos e até brigas que vão se tornando frequente, desgastando a relação à dois, às vezes culminando na separação do casal.  .
Por isso cabe ao homem  ir tentando revezar as tarefas de casa, aos poucos vai percebendo que muita coisa pode mudar, inclusive o humor da esposa. 
 Embora seja algo extremamente prazeroso dar a atenção que os  filhos merecem e pedem diariamente, ao mesmo tempo pode se tornar uma missão complicada porque a energia libertada durante o período de trabalho acaba fazendo falta na hora que estiver em casa com os pequenos, que ficaram o dia inteiro sem ver o papai e mamãe, guardando uma energia que é liberada assim que os pais abrem à porta de casa. Talvez a frequência utilizada para o pai fazer essas tarefas seja extremamente menor do que deveria ser, tornando o trabalho feminino algo rotineiro e obrigatório. 

O papai deveria fazer a experiência de escolher alguns e frequentes dias da semana, sem avisar à mamãe, e tomar essas obrigações para si e assim, aprenderá que muita coisa pode mudar, tanto no relacionamento, quando no próprio conhecimento sobre os seus filhos. 
O papai deve aprender ou lembrar que a mamãe está cansada, dorme pouco, por isso deve revezar com a mamãe, quando ela for descansar, deverá ficar de prontidão em relação às minhas necessidades,  se, por exemplo, for descansar ao mesmo tempo que a mamãe, quem olhará por mim? Mas se for necessário que tanto o papai quanto a mamãe precisarem descansar ao mesmo tempo, então, se uma das minhas vovós, ou a madrinha puderem darão o apoio necessário, ficando comigo. 
O aprendizado de ser pais passa por vezes deixar o egoísmo e os hábitos pessoais de lado em pró da harmonia, bem-estar e coesão da família, cada um deve procurar ver em que pode colaborar para que a família funcione em bloco, como nos 3 Mosqueteiro "um por todos e todos por um", tudo que afeta a um dos elementos repercutirá na família.
Pense nisso!
Pensem quais são os deveres dos pais:
Deveres dos pais
No turbilhão da profunda crise que devasta impetuosamente a instituição da família nos presentes dias, nada melhor que nos reportarmos aos princípios fundamentais da moral católica tradicional. Respeitando-os, florescerá a civilização plena; transgredindo-os, o que ainda resta de civilização cristã em nossos dias acabará por extinguir-se.
São três os deveres dos pais para com os filhos:
I - Afeto
Não será preciso insistir muito nesta obrigação primordial, pois Deus fez o coração do pai e da mãe, um tesouro de amor, um escrutínio de ternura. Este sentimento, entretanto, seria cego e nefasto, se idolatrasse tudo nos filhos, inclusive as falhas, os defeitos. O amor dos pais deve ser, pelo contrário, esclarecido e inteligente, isto é:
a) sem fraqueza: Não se conceda, aos filhos, o que, porventura, fora prejudicial a seus verdadeiros interesses. Carinhos demasiados, sensibilidade exagerada seriam culposos, e trariam consequências desastrosas. Quem sabe amar, sabe punir, é ditado sempre verificado;
b) sem egoísmo: A meta dos pais, o alvo de todos os seus janelos e esforços, deve ser o aproveitamento, o bem e a felicidade dos filhos, e não vantagens próprias;
c) sem predileções: O amor dos pais não pode fazer diferenças. O mesmo para todos. As preferências, que se manifestassem a favor deste ou daquele, provocariam inveja, aborrecimento, raiva nos outros, e assim entraria na família a malquerença, a discórdia.

II - Educação
A educação tem objeto duplo: corpo e alma. Seu fim é desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais da criança.
Educação física:
a) Os pais têm obrigação de proporcionar aos filhos a subsistência material. É um dever que se impõe logo no alvorecer da existência da criança. Cabem à mãe, os primeiros desvelos. Ela é quem há de, primeiro, alimentar a criancinha. E não pode falhar à sua missão providencial. Não pode, sem motivo ponderoso, furtar-se ao papel essencial da maternidade: criar, ela mesma, a prole. Quando maiorzinha essa, será o pai mais particularmente indicado para prover ao sustento material da família. Ou melhor, pai e mãe hão de conjugar seus labores, cada um na esfera de sua atividade, para ministrar aos filhos o de que precisam, quanto ao alimento e à roupa, segundo as exigências de sua posição social e as possibilidades de sua situação.
b) Cumpre, além disso, que zelem pelo desenvolvimento das forças corporais de seus filhos, incitando-os a lançar mão, para isto, de exercícios físicos em harmonia com a idade: a saúde do corpo é, com efeito, poderoso fator de saúde da alma (mens sana in corpore sano). É no enrijar dos elementos de resistência do organismo, que os menores habilitar-se-ão a enfrentar os embates da existência, as lutas da vida, e a dobrar-se, serenos e inamolgáveis, às duas leis magnas do sofrimento e do sacrifício.
c) Enfim, precisam acostumar os filhos ao trabalho. O meio mais eficaz, nisto como em tudo, não esqueçam que é o bom exemplo. Trabalhar com afinco, perseverante e aturadamente, muito embora suas posses lhes permitam eximir-se, viver no ócio e nos divertimentos.

Educação intelectual e moral:
Consiste na formação das duas faculdades mais nobres da criatura humana: a inteligência e a vontade, por meio da instrução e da educação propriamente dita.
a) Instrução — É da máxima importância o cultivo do espírito. Antes, porém, de encaminhar os filhos neste ou naquele ramo, de enfronhá-los nestas ou naquelas ciências, os seus mentores hão de levar em conta, os gostos e as aptidões dos pequenos. Do contrário, teriam, mais tarde, de curtir amargas decepções, cruéis e irremediáveis desenganos. Devem descobrir e auxiliar os planos divinos; logo indagar da vocação dos filhos, favorecê-los de toda a maneira, abstraindo por completo dos interesses mesquinhos, ou de estultos sonhos de megalomania.
b) Educação — Por mais alevantado que seja, o valor da instrução, ela seria vã, balofa, e até extremamente prejudicial, se não ombreasse com ela, emparelhando, a educação. É pérola preciosa, um espírito acepilhado. Jóia de mais fino quilate, porém, a vontade reta e forte, o caráter adamantino. Consegue-se esta lapidação lenta, pela persuasão, pela autoridade, pela influência moral de todas as horas. Exige, dos pais, o cumprimento escrupuloso de dois deveres de relevância suma: vigiar e corrigir.
  • Vigilância — Vigiar, é prevenir o mal; é espantá-lo, antes que apareça; é destruí-lo no germe. Os pais, para isso, hão de remover tudo quanto pudesse ser estorvo ou tropeço para a virtude dos filhos; más companhias, livros e jornais, que desrespeitam a fé ou os costumes. Hão de ensinar-lhes com paciência inesgotável, os nobilíssimos princípios do dever, do sacrifício, da honra, da dominação dos ímpetos e do gênio.
  • Correção — Não bastará sempre a vigilância. Será preciso corrigir. Corrigir, quer dizer endireitar, trazer os filhos ao rumo certo, quando se tresmalham: tarefa melindrosa, porque beira dois excessos opostos, funestos por igual: indulgência demais, ou demasiada severidade. De um lado, uma repreensão fraca é quase incentivo para reincidência. De outro lado, a autoridade despótica é fonte de desgostos, dá resultados contraproducentes. Pior do que tudo, talvez, o passar de um extremo a outro, do rigor ao relaxamento: é desmoronar rápido e fatal de toda a obra. A arte de mandar está na união prudente da mansidão com a firmeza. Pouquíssimas vezes, se deixará que a coação unicamente force à obediência, os educandos. É preciso, certamente, domar e disciplinar a vontade, nunca oprimí-la.
Acima, e antes de tudo, deve ser religiosa a educação. Infelizmente, não é penhor infalível do triunfo da moral, a educação religiosa. Mas, a experiência secular mostra que é erro colossal, separar da religião a moral, e que a educação divorciada da religião acarreta, logicamente, o divórcio da moral. Portanto, que os pais mandem batizar os filhos, quanto antes. Ensinem-lhes, desde o despontar das faculdades, os nomes de Jesus e Maria, as orações, os rudimentos da fé. E mandem-nos a escolas católicas. Caso não seja possível, a frequentação dessas escolhas, impende-lhes a obrigação inelutável de suprir, por si ou por meio de catequistas, o ensino religioso que a escolha leiga não ministra.

III – Bom exemplo
Ainda que se esmerassem, com todas as veras da alma, os pais, na educação dos filhos,não surtiriam efeito bom, todos estes empenhos se viessem desacompanhados do exemplo.Palavras sem exemplo, diz o grande Vieira, são tiros sem balas. De fato que fruto lograria quem pregasse a virtude, encomiasse a oração, a assistência à missa, a fidelidade às leis da abstinência, o cumprimento do dever da comunhão, não praticando ele próprio, nada disso?”
http://vidafamiliaepaz.wordpress.com/2011/03/11/voce-conhece-os-deveres-dos-pais-para-com-os-filhos/
http://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=89160D8D-3048-560B-1C5C7F3CAA8E69C0&mes=Maio1998
Aos poucos eu vou aprendendo o que papai e mamâe vão me ensinando
  • Deveres recíprocos
Seja qual for a idade dos filhos, pais e filhos devem-se uns aos outros:
Respeito, o que significa que pais e filhos devem ter consideração uns para os outros;
Auxílio, o que significa que pais e filhos se devem ajudar mutuamente;
Assistência, o que significa que, em caso de necessidade, os pais e os filhos se devem uns aos outros alimentos, isto é, devem sustentar-se quando necessário.
  • O poder paternal

Os filhos estão sujeitos ao poder paternal até serem maiores ou emancipados. 
O poder paternal pertence aos pais e compõe-se de uma série de poderes e deveres que os pais são obrigados a desempenhar de acordo com o interesse dos filhos.
A Lei diz que compete aos pais, no interesse dos filhos: 
  1. Velar pela segurança dos filhos;
  2. Velar pela sua saúde;
  3. Sustentá-los;
  4. Administrar os seus bens.
Os filhos devem obedecer aos pais. Mas à medida que os filhos forem crescendo e adquirindo maturidade, os pais devem ir tendo em conta a sua opinião antes de tomarem decisões nos assuntos importantes e devem, ainda, ir reconhecendo aos filhos a possibilidade de organizarem a sua própria vida.
Apesar do poder paternal terminar com a maioridade (18 anos) ou com a emancipação, os pais continuam a estar obrigados a sustentar os filhos maiores ou emancipados se estes ainda não completaram a sua formação profissional, desde que o façam num espaço de tempo normal e seja justo pedir isso aos pais.
Os pais têm o direito e o dever de educar os filhos, devendo promover o seu desenvolvimento físico, intelectual e moral, não podendo proibir injustificadamente o convívio dos filhos com os irmãos e os ascendentes. 
Até aos 16 anos, os pais podem decidir sobre a sua educação religiosa. A partir dessa idade, os filhos são livres de ter ou não qualquer religião.
Os filhos, enquanto menores, não podem abandonar a casa em que vivem os pais. Estes – ou as pessoas a quem o menor está confiado – podem recorrer às autoridades para que os filhos regressem a casa. Também os pais não podem expulsar os filhos de casa.
http://crescer.sapo.pt/familia/emocoes/pais-e-filhos-direitos-e-deveres
  • Desenvolvimento da linguagem
Eu aprendo a falar ouvindo, ouvindo e respondendo aos sons do mundo que me rodeia. A minha tia avó já se apercebeu disso porque falou comigo e eu em resposta emiti um som (foi na véspera do aniversário da mamãe, onde eu conheci o meu bisavô e a tia avó. No aniversário da mamãe eu me portei muito bem, o bisavô convidou a família para almoçar num restaurante a beira-mar, estava ventando muito, mas a mamãe me agasalhou bem eu nem senti. No restaurante fiquei no "possante"à cabeceira da mesa, o reizinho da família). Portanto, falem comigo durante todo o dia. Procurem qualquer desculpa para me falar: descreva e explique-me as coisas que os dois fazem em conjunto. Os estudos demonstram que a qualidade e a quantidade da interacção verbal do papai e da mamãe a partir dos primeiros dias de vida contribuem directamente no ritmo da minha aprendizagem. Explorem os ritmos da linguagem. Faça com que eu me acostume às cadências e pautas rítmicas da linguagem ensinando-me brincadeiras com as mãos, cantando canções e lendo poesia e rimas infantis.
Leia para mim. Faça com que eu me acostume o mais cedo possível aos livros (a partir  dos 6 meses já possuirei uma capacidade de compreensão suficiente para que lhe agradem), que sejam diversos e de boa qualidade, e faça da leitura diária um ritual e uma rotina.
A partir do nascimento, eu, como todos os bebês, gosto que me falem e gosto ainda mais se me olharem directamente nos olhos ao mesmo tempo. Os estudos demonstram que existe uma relação clara entre o número de "conversas" que um bebê tem com o seu progenitor ou prestador de cuidados e o seu desenvolvimento intelectual.

http://www.dodot.pt/jogos/-/info/details/content.56402/conversa-de-bebe/
http://www.paideprima.com.br/

sábado, 21 de setembro de 2013

Choro do Bebê

Fico triste sem vc por aqui - Recados e Imagens para orkut, facebook, tumblr e hi5
 
Há 2 dias ficou desesperada porque eu chorei muito, mas só quando me colocava no "Moisés", sabe existem muitas razões para o meu choro, como a Miminha disse:
O choro de um bebê é a sua voz para pedir algo - é a fonte de comunicação de seus desejos e necessidades. Ao ouvir o choro do Bebê, a melhor coisa não é agir por impulso. Respire fundo, conte até 5 e tente decifrar a linguagem dos bebês. Tente entender o que  Bebê está querendo lhe dizer. Existem crianças que simplesmente choram muito (assim como há as que dormem muito, falam muito, se movimentam muito). Também é questão de temperamento. Em menos de 5% desses bebês existe alguma evidência de doença orgânica que ajude a explicar o aumento de ocorrência de choro. Além disso, o choro prolongado ocorre a despeito da ótima qualidade dos cuidados parentais. Felizmente, depois dos cinco meses diminuem os períodos prolongados de choro inconsolável, o choro torna-se mais intencional e mais relacionado a eventos ambientais.Os motivos mais comuns para o chororô dos bebês são:
  • Fome 
 A fome é o motivo mais comum para um recém-nascido chorar. Quanto mais novo for o bebê, maior é a probabilidade de ele estar chorando de fome. O recém-nascido tem o estômago pequeno, que não aguenta uma quantidade muito grande de leite. É bom aprender a identificar os primeiros sinais da fome antes do choro: colocar a mão na boca, ficar "procurando", ficar inquieto. Aí você já oferece o leite e evita que o bebê fique nervoso. => Se o bebê chorar, tente oferecer leite. Pode ser que ele não pare de chorar na hora, mas deixe-o mamar. Conforme o estômago dele for se enchendo, ele deve se acalmar. Caso o bebê já esteja de barriga cheia e continue chorando, talvez esteja querendo dizer:
  • Fralda suja ou úmida Há bebês que não estão nem aí se a fralda está com cocô -- é um quentinho gostoso --, e há outros que querem ser trocados na hora, principalmente se estiverem com a pele irritada. Verifique a fralda do seu filho e troque-a, se necessário. Talvez isso resolva o choro, portanto sempre vale a pena tentar.
  • Sono
Seria ótimo se os bebês simplesmente fechassem os olhos e dormissem sempre que estivessem cansados, mas muitas vezes eles não conseguem fazer isso. Quanto mais cansado fica, mais irritável e agitado o bebê fica, e aí é mais difícil dormir. Procure colocá-lo para dormir aos primeiros sinais de sono: olheiras, irritabilidade, olhar caído, esfregação de olhos ou orelhas.
  • Necessidade de arrotar
Quando o bebê chora depois de mamar, principalmente se estiver deitado, pode ser que tenha um belo arroto "entalado".
Os bebês engolem ar junto com o leite quando mamam, e o ar também entra no sistema digestivo dele quando eles choram ou até durante a respiração. Os gases podem fazer com que o bebê se sinta satisfeito antes de tomar a quantidade necessária de leite, e provocam desconforto e dor.
Há bebês que sempre arrotam depois de mamar, sem falha. Outros quase nunca arrotam. Durante a mamada, o bebê pode parar de tomar o leite e chorar, ou se recusar a pegar o segundo seio. As caretas são facilmente reconhecíveis, principalmente quando se coloca o bebê deitado logo depois de mamar. Normalmente os bebês que usam mamadeira em vez de mamar no peito sofrem com mais gases. Crianças amamentadas conseguem controlar melhor a saída de leite e determinam um ritmo mais lento à mamada, engolindo menos ar. Também tendem a mamar numa posição mais ereta, com mais frequência e em quantidades menores, o que ajuda a reduzir os gases.
Mas é sempre bom colocar o bebê para arrotar, seja depois do peito ou da mamadeira.
Dê a mamadeira na posição mais ereta possível, mantendo a cabeça da criança bem mais elevada que o resto do corpo, e incline bem a mamadeira, para que o bico fique sempre completamente cheio de leite.
Não use bicos com furos muito largos, nem alargue por conta própria o buraquinho para o leite sair mais rápido, por mais que aconselhem você a fazer isso. Você pode experimentar tipos diferentes de bico para ver se algum faz com que a criança tenha menos gases (já existem bicos especiais para reduzir ao mínimo a deglutição de ar).
Coloque sempre o bebê para arrotar numa posição vertical depois da mamada, por cerca de cinco minutos.
Se o bebê está mamando feliz da vida, não interrompa para colocá-lo para arrotar. Isso só vai fazer com que ele chore, e aí é que ele vai engolir ar.
Aproveite paradas naturais para pôr a criança para arrotar (quando for passar de uma mama para outra, ou quando o bebê soltar o bico da mamadeira). Coloque-o para arrotar de novo depois que terminar. Dê leves tapinhas nas costas do bebê para que o ar saia mais fácil.
Lembre-se: com o arroto pode vir um pouco de leite também, portanto tenha sempre um paninho ou fralda de pano no ombro para proteger sua roupa.
São três as posições mais usadas para colocar a criança para arrotar. Vá experimentando, porque cada criança reage de um jeito.
  • No ombro: coloque o bebê no seu ombro, apoiando o bumbum com seu braço, no mesmo lado. Com a outra mão, dê tapinhas nas costas dele ou faça uma leve massagem.
  • Sentado: Sente o bebê no seu colo e incline o tronco dele para a frente, apoiando-o pelo ombro e no queixo. Dê tapinhas nas costas ou faça uma leve massagem.
No colo, de frente para você: coloque o bebê no seu colo, de frente para você, mas sem erguê-lo até o ombro. Dê tapinhas ou faça massagem nas costas dele.
Se você colocou o bebê para arrotar por cinco minutos e nada aconteceu, provavelmente ele não precisa arrotar. Há crianças, no entanto, que parecem ter dificuldade para expelir o ar, e ficam claramente desconfortáveis, e nesse caso é preciso insistir.
Talvez o sistema digestivo ainda imaturo do bebê esteja levando o ar muito longe, o que impede sua saída. Experimente várias posições até conseguir um belo e sonoro arroto.
Certos bebês só conseguem se livrar do ar no estômago quando soluçam. É normal o recém-nascido soluçar várias vezes por dia.
Caso seu filho esteja sofrendo muito com os gases, o pediatra pode receitar algum remédio que contenha dimeticona ou simeticona (dimeticona ativada), uma substância que faz com que o ar seja expelido em grandes bolhas, em vez de ficar espalhado em bolhinhas pelo sistema digestivo.
  • Cólicas
Como o sistema digestivo do bebê ainda é imaturo, ele pode chorar de cólica, devido a gases ou porque está com dificuldade de fazer cocô. Em alguns casos, o bebê chora porque sofre de refluxo, ou seja, o leite fica voltando mais do que o normal e provoca dor e desconforto. Normalmente os pais conseguem distinguir a causa da dor quando se trata de dor de barriga. O bebê fica vermelho, ou chora logo depois de mamar. => Você pode fazer uma massagem, colocar bolsa de água quente na barriguinha do bebê, fazer movimentos de bicicleta com a perninha ou dar alguma coisa para ele sugar (a chupeta ou o seio), pois o movimento de sucção relaxa e alivia a dor. Só atenção para não usar esse expediente o tempo todo, para o bebê não começar a usar seu peito só como chupeta.

  • Calor ou frio
 Certos recém-nascidos detestam ficar pelados para a troca ou para o banho. Não estão acostumados a sentir o contato do ar com a pele e preferem ficar de roupa. Se seu bebê for um desses, você logo vai aprender a trocar a fralda em velocidade recorde, para acabar com as reclamações.
Por outro lado, tome cuidado para não exagerar nas roupas, senão a criança vai ficar com calor. Um bom jeito de verificar a temperatura do bebê é sentir a barriga dele. Se ela estiver quente e suando, tire um pouco de roupa. Se ela estiver fria, agasalhe-o mais. Não vá pelas mãos e pelos pés, porque eles tendem a ficar mais frios que o resto do corpo.

  • Necessidade de contacto 
 Há bebês que precisam de mais colo para se sentir seguros. Crianças um pouco mais velhas já se acalmam só de ver você no quarto ou ouvir sua voz, mas os pequenininhos precisam do contato físico. Se seu filho está alimentado, de fralda trocada, e continua chorando, pode ser que só esteja querendo colo mesmo.
Se seu filho for da turma do colinho, você pode usar outras estratégias, como o canguru ou o sling (uma espécie de rede), que mantêm o bebê perto de você mas liberam suas mãos para fazer outras coisas.
Recém-nascidos também estranham ficar "soltos" num espaço muito grande. Você pode ter mais sucesso se deixá-lo enrolado numa manta leve. ou colocá-lo num local mais aconchegante que o berço, como um moisés ou o carrinho.
  • Tédio ou solidão
Há bebês que não gostam de silêncio. Ficam mais calmos em meio a muita gente, observando a movimentação. Também não gostam de escuro. Experimente ligar música no quarto do bebê, ou levá-lo para um passeio no carrinho, e estacionar num lugar onde ele possa ver as pessoas.
Para esses bebês, o sling ou canguru é uma boa saída, pois a criança fica exposta ao seu movimento e aos barulhos que cercam você.

  • Desconforto ( um cabelo na pele, a etiqueta da roupa, etc..)
Bebês pequenininhos podem ficar incomodados fácil, com um elástico muito apertado da roupa, uma dobra na fralda ou um fio de cabelo seu que se enrolou no dedo do pé ou da mão.
Dê uma boa inspecionada no bebê para ver se não tem nada incomodando. Troque a posição dele, tire a meia, olhe dentro da fralda, veja se não há uma etiqueta ou algo áspero na roupinha.

  • Excesso de estímulo
Pais de bebês maiorzinhos conhecem a situação: o bebê tem um ataque de riso e emenda com um ataque de choro! Os estímulos do mundo às vezes são demais para os bebês.
Um dia cheio de visitas e atividades pode deixar o recém-nascido muito excitado, e ele tem dificuldade para "desligar". O excesso de estímulo -- luzes, barulho, passar de colo em colo -- pode deixar o recém-nascido inquieto.
O bebê fica difícil no fim do dia, ou quando a casa está cheia. Talvez o bebê esteja só dizendo: "Chega". Experimente levá-lo para um lugar calmo, reduzindo o nível de estímulo. Pode ser que ele ainda chore mais um pouco, mas que depois finalmente se tranquilize e durma. 

  • Susto ou medo
  • Doença
  • Espasmos musculares normais e contrações que perturbam o sono
  • Nascimento de dentes
O nascimento dos dentes é um longo processo que incomoda bastante alguns bebês. Se seu filho está chorando mais do que o normal, experimente sentir a gengiva dele com seus dedos. Você pode se surpreender.
Os primeiros dentinhos costumam surgir entre os 4 e os 7 meses, mas podem chegar bem antes ou bem depois.

  • Dor
Se nada deu certo, é inevitável começar a pensar que talvez o bebê esteja com alguma dor. Quando o bebê está com dor, ele chora num tom diferente do choro normal -- pode ser um choro mais desesperado, ou mais gritado. Por outro lado, para um bebê que chora bastante por natureza, o silêncio é que pode ser o sinal de que há algo errado.

  • Infecção (uma causa provável se o choro for acompanhado por irritabilidade, letargia, pouco apetite, recusa alimentar ou febre -- consulte seu pediatra)
  • Medicamentos
(No entanto, o choro persistente, principalmente quando associado a problemas de sono e de alimentação que persistem depois dos quatro meses, muitas vezes em contextos que envolvem múltiplos fatores de risco psicossocial dos pais, pode ser preditivo de desenvolvimento social e emocional insatisfatório do bebê).
Um bebê que passa o tempo todo chorando não está se prejudicando, mas com certeza está descabelando a família inteira (e os vizinhos também).
O mais importante é lembrar que você conhece o seu filho melhor que qualquer outra pessoa. Se você sentir que há alguma coisa errada, verifique a temperatura para ver se ele não está com febre e observe-o bem. Se não passar, converse com o médico.
Barriguinha cheia? Sim. Fralda limpa? Sim. Sem febre? Sim. Colinho de pai ou de mãe? Sim. Então por que o bebê ainda está chorando? A verdade é que os bebês têm lá os seus próprios motivos, e nem o mais sábio dos pais consegue ler suas mentes na falta de palavras.
Todo bebê chora. Bebês completamente saudáveis são capazes de chorar entre uma e três horas por dia no total, sem que haja nada de anormal. Como não podem fazer nada sozinhos, os bebês precisam dos outros para conseguir a comida, o calor e o conforto de que precisam. Chorar é o único jeito que o bebê tem de comunicar essas necessidades. No começo, pode ser desesperador tentar descobrir exatamente qual necessidade é essa: ele está com fome? Com frio? Com sede? Com tédio? Quer colo? Com o tempo, porém, você vai começar a distinguir um pouco melhor cada choro do bebê.
Você vai ver que felizmente é possível oferecer conforto a seu filho mesmo sem saber a causa do choro. Confira a seguir alguns métodos testados e aprovados por outras famílias:
  • Algo para chupar
O ato de sugar tem o poder de estabilizar a frequência cardíaca do bebê, relaxar seu estômago e acalmar aqueles movimentos desordenados de braços e pernas. Ofereça uma chupeta ou seu dedo (bem limpinho) e deixe-o sugar.
  • Enrole
Recém-nascidos gostam de se sentir tão aquecidos e seguros quanto quando estavam dentro do útero. Experimente enrolar seu filho em um pano apropriado, colocá-lo em um canguru ou segurá-lo bem aconchegado no colo, para tentar recriar aquela atmosfera uterina. Alguns bebês não gostam de ser enrolados porque se veem contidos demais e preferem outras maneiras de conforto, como ficarem em constante movimento.
  • Música e ritmo
Toque uma música suave, cante uma canção de ninar ou até a sua música favorita, e movimente-se pela casa. Varie os estilos musicais até encontrar aquele ao qual seu filho responde melhor.
  • Ruídos
O barulho de um aspirador de pó pode não parecer muito acolhedor, mas a maioria das crianças se acalma com o som contínuo do chamado ruído branco (aquele som de TV ou rádio fora do ar), que bloqueia outros sons e lembra o barulho constante dos líquidos dentro do corpo da mãe.
  • Ar fresco
Às vezes simplesmente abrir a porta da frente ou sair para o ar fresco por uns minutinhos faz o choro acabar imediatamente. Se der certo, aproveite sua chance: dê uma voltinha, olhe para o céu, converse com seu filho sobre o mundo ao redor de onde vocês vivem. Seja uma rua bem calma ou uma movimentada avenida de cidade grande.
  • Água morna
Assim como ar fresco, água morna muitas vezes faz milagres para relaxar e pôr fim às lágrimas do bebê. Você dar um banho de imersão na própria banheirinha de todos os dias, no balde, caso ele esteja acostumado, ou então experimentar levá-lo nos seu braços para debaixo do chuveiro (sem abrir demais a água). Não force se seu filho não gostar do barulho ou da água espirrando. Mas alguns bebês adoram a sensação. Cuidado para você não escorregar.
  • Movimento
O vai-e-vem de ser carregado nos seus braços ou no carrinho muitas vezes já é suficiente para ninar o bebê. Outras formas de mantê-lo em movimento são colocá-lo em uma cadeira de balanço (destas feitas especialmente para bebês, com cinto e proteção adequados), sair para passear pela rua de carrinho ou, em casos mais emergenciais, levá-lo para uma volta de carro, devidamente preso na cadeirinha do carro. Há bebês que preferem o movimento de "tremer" ao do balanço. Experimente tremer de leve o carrinho para ver se ajuda. Cada criança gosta de um ritmo. Descubra qual é o ritmo preferido da sua.
  • Massagem
A maioria dos bebês adora uma massagem. Não se preocupe com "técnicas", já que o importante é massageá-lo de maneira delicada e sem pressa, para causar uma sensação bem gostosa no corpinho dele.
  • Pausa para você
Um bebê que chora o tempo todo acaba provocando grande estresse nos pais. A boa notícia é que, à medida que ele cresce, conseguirá se acalmar melhor sozinho e o choro finalmente ficará para trás. Mas até que esse dia chegue, não fique se culpando por querer um tempo para você também. Pelo contrário, um intervalo para recobrar as forças fará de você um adulto mais paciente e pronto para amar o seu filho com toda a sua energia. Quando sentir que está chegando ao seu limite, experimente seguir as seguintes sugestões:
  • Coloque o bebê em um local seguro e deixe-o chorar um pouquinho
  • Ligue para um parente ou amigo e peça ajuda
  • Deixe alguém que você confia cuidar do bebê por algumas horas
  • Toque uma música suave para distrair os seus pensamentos
  • Lembre-se de que o choro em si não fará mal para o bebê e que talvez ele só precise "desabafar"
  • Repita para si mesmo que um dia essa fase acabará
  • É importante saber que nunca se pode dar um chacoalhão no bebê, um que seja, porque o cérebro e o pescoço de uma criança pequena são muito frágeis e uma única sacudida brusca pode até matar.
Estes 5 choros seguintes são apenas válidos para recém-nascidos dos 0 aos 3 meses de idade:
Choro nº1: Neh = “tenho fome”
“Neh” é o som que um recém-nascido faz quando sente fome. É baseado no reflexo da sucção, combinado com o choro saindo o som “Neh”. Assim sendo, sempre que escutar este som saberá que está na hora de dar a papa ao seu bebé.
Choro nº2: Owh = “tenho sono”
O som que diz que o bebé está cansado é o “Owh”. Este som é baseado no reflexo de bocejar e este “Owh” pode ser longo e pronunciado. Sempre que ouvir este choro significa que o seu bebé está com sono. Contudo quanto mais cansado estiver um bebé mais difícil se torna adormecê-lo. Outras dicas que poderão comprovar esta suspeita são verificar se adicionalmente o bebé esfrega os olhos e boceja.
Choro nº3: Heh = “sinto desconforto”
O choro “Heh” é usualmente devido ao facto do bebé sentir algum tipo de desconforto. Este som é diferente do “Neh” “tenho sono”, pois neste caso o “h” é mais acentuado. Se ouvir este som no seu recém-nascido é porque provavelmente ele necessita que lhe mude a fralda, ou que o coloque numa nova posição.
Choro nº4: Eairh = “estou com gases”
Quando os bebés têm dores devido aos gases, eles usualmente puxam as pequenas pernas para o peito e fazem o som “Eairh”. Dar uma pequena massagem suave na barriguinha do seu bebê na direção dos ponteiros do relógio, poderá ajudar a aliviar a pressão. Deitar o bebé de barriga, em cima do seu antebraço com as pernas pendentes (certifique-se que segura a cabeça do bebê), e passar as mãos nas costas também poderá ajudar.
Choro nº5: Eh = “quero arrotar”
Aperceber-se-á que o seu bebé necessita de arrotar se conseguir ouvir o “eh” do seu choro. O choro é usualmente curto e repetitivo: “eh”,”eh”,”eh”. Se ouvir este som, coloque o seu bebê de barriga virada para o seu peito com a cabeça no seu ombro e gentilmente massaje-lhe as costas.
Mais dicas:
  • Durante a fase pré-choro, o choro que o bebê faz é mais facilmente identificável, ou seja, antes do choro do bebé ficar histérico. Tente perceber o choro antes do bebé ficar desesperado, e tente agir neste tempo, pois será bem mais fácil.
  • Se ouvir mais do que um tipo de choro tente perceber qual é o mais dominante e aja de acordo com esse choro.
  • Se não conseguir perceber o choro do bebê tente mudá-lo de posição, eleve-o e coloque-o ao colo.
  • Tente perceber se o som que o bebê faz é “N” ou “Neh” e tente perceber esta subtileza, pois será a grande diferença.
  •  Cansaço: a cabecinha do bebê se move de um lado para o outro ou pende. Os olhos ficam vermelhinhos e se abrem lentamente. O pisca-pisca se intensifica como se ele estivesse com tique nervoso. Os olhos podem ficar parados e vidrados - parece o Mister Magoo. Os bocejos são frequentes e os bracinhos se movem de maneira descoordenada. ele parece meio nervosinho.
  • Pode chorar por estar intolerante a cheiros e barulhos fortes
  • Fome: o pescoçinho se estende em direção a mama ou se lateraliza para a direita ou esquerda. Os lábios ficam contraídos e a linguinha se enrola e toca o céu da boca coloca a mão na boca e tenta sugá-la.
  • Dores: barriga, ouvido, etc.: choro é seco, estridente e incansável. Faz muitas caretas, fica ofegante, se contorce, o corpinho pode tremer, fica rígido e com as extremidades azuladas. Calma ele não vai virar um 'Alien"!
  • Frio: os lábios inferiores tremem, pode ter calafrios e arrepios, contorce o corpinho e as extremidades podem ficar azuladas.
  • Calor: choro intermitente, impaciência, pele úmida e suor
  • Para decifrar a linguagem dos bebês demanda tempo e muita observação da linguagem não verbal e corporal do bebê.
  • As lágrimas falam mais que mil palavras
Chorar faz parte da vida. Mas muitos pais têm dificuldade em lidar com o choro dos seus filhos.
Seja quando os bebês comunicam ou quando os maiores fazem birra, é preciso tentar encará-lo com calma. Afinal, ninguém cresce sem lágrimas. O difícil é escolher o caminho correcto quando o assunto é lidar com as lágrimas de uma criança. Algumas pesquisas mostram que a resposta dos pais ao choro dos bebés nos três primeiros meses é crucial para o desenvolvimento emocional e neurológico. A resposta rápida ao bebé não vai fazê-lo ficar mimado nem impaciente. O que deixa uma criança mimada e birrenta é a ansiedade dos pais ou detalhes importantes como a falta de firmeza ao pegá-la no colo. Se a embalarem com segurança, e corresponderem à sua necessidade de forma tranquila, ela sentir-se-á amparada e poderá chorar menos.
É preciso lembrar que o choro é fundamental para a vida e que as lágrimas têm mais funções do que podemos imaginar. Quando elas escorrem pela face é porque há um excesso na quantidade produzida. Esse lacrimejamento abundante pode ser causado por vários motivos: seja por uma razão física (como a dor), seja por razões emocionais (tristeza, medo). Os bebês até aos 2 meses, mais ou menos, choram sem lágrimas. Isto porque eles ainda não precisam humidificar os olhos. Na sala de parto, por exemplo, o choro é seco e tem função fisiológica. No útero da mãe, o feto é oxigenado pela placenta. Ao nascer, o choro serve para abrir os seus pulmões e permitir a passagem do ar. É graças ao choro que o bebé consegue comunicar nos primeiros tempos de vida. É também por meio das lágrimas que, já maiores, desabafamos e expressamos os nossos sentimentos, mesmo em situações de alegria.
Aprender a ser mãe e filho não é nada fácil! É um longo caminho a percorrer, cujo destino final é o verdadeiro sentido de ser mãe e ser cuidado com muito carinho por alguém muito especial.


Ao ouvir o choro do Bebê a melhor coisa a fazer é ficar calma, afinal, os bebês não morrem de "choro agudo".
 
http://demaeparamae.pt/artigos/aprenda-descodificar-choro-bebe
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/choro-excessivo-em-bebes.
http://www.terapeutadebebes.com.br/2013/02/causas-do-choro-do-bebe.HT
http://demaeparamae.pt/artigos/aprenda-descodificar-choro-bebe
http://brasil.babycenter.com/a1500193/12-motivos-por-que-o-beb%C3%AA-chora-tanto#ixzz2fS2Hhp57
http://brasil.babycenter.com/a1500160/arroto-e-gases-no-beb%C3%AA#ixzz2fTJgaztQ
http://www.enciclopedia-crianca.com/pt-pt/lista-de-temas.html

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

1º mês de vida do Bebê


Amanhã completo 1 mês de vida já vou poder passear no meu "possante", a mamãe me levará pela manhã, no máximo até às 10hs. Já começo a perceber e interagir com o meio ambiente, se bem que o vovô fez um pequeno vídeo onde eu  abri os olhos quando ele disse "olá". Vou dar continuidade a minha agenda superlotada, mamãe vai me levar à consulta do mês, onde, como em todas as consultas de vigilância, vão verificar as minhas medidas: Peso, estatura, perímetro cefálico e avaliar meu desenvolvimento, as fontanelas ("moleirinha") e  talvez irão voltar a pesquisar os reflexos arcaicos (estão presentes à nascença e vão desaparecendo em tempos diferentes) que foram pesquisados enquanto eu estava na materndade:

As manifestações transitórias são reflexas, arcaicas, que estão presentes numa certa etapa (desde nascimento) e desaparecem, só reaparecendo em situações patológicas (agressão do sistema nervoso) como, por exemplo: reflexo tônico cervical assimétrico, reflexo moro, reflexo Landau, reflexo cutâneo plantar. As manifestações evolutivas são aquelas que nasce com a criança ( reflexas ou automáticas) e que desaparecem para dar lugar para manifestações cuja atividade é a mesma porém, com caráter evolutivo e que posteriormente tornam-se automáticas como, por exemplo: sucção, apreensão, marcha reflexa. 
Podemos identificar o desenvolvimento motor numa criança através das características que devem estar presentes em cada idade como os movimentos, expressados em forma de reflexos ou reações. Cada reflexo ou reação tem suas características e importância na vida da criança. 
Reflexos Arcaicos Como já citado, são aqueles que nasce com a criança e vão desaparecer em uma determinada idade. Eles caracterizarão as atividades voluntárias desenvolvidas mais tarde. São: 

1. Reflexo de apreensão dos dedos das mãos e dos pés 

A criança apreende qualquer objeto colocado na superfície de seus dedos. Estar presente no recém nascido e desaparece por volta dos 7 aos 9 meses. 


2. Reflexo de sucção 
É muito importante no recém nascido e sua ausência indica grave sofrimento do sistema nervoso. Para testá-lo é só colocar o dedo na boca da criança e se o reflexo estiver presente, ela vai sugá - lo. Estar presente no recém nascido e desaparece por volta dos 3 meses. 


3.Reflexo de voracidade ou dos 4 pontos cardeais ou reflexo de procura 
Quando se estimula um canto da boca da crianças, ela desloca a face em direção contrária ao estímulo. Estar presente no recém nascido e dura até os 3 meses. 



4. Reflexo de apoio plantar

Ao suspender a criança pelas axilas e fazer com que as pontas dos pés dela toque na mesa, ela vai fazer um apoio plantar. Estar presente no recém nascido e dura até os três meses. 

5. Marcha reflexa 
Ao suspender o recém nascido, fazendo com que os seus pés toquem numa superfície e ao mesmo tempo o impulsiona para frente, a criança desencadeará uma marcha reflexa. Nasce com a criança e desaparece por volta dos 3 meses. 

6.Reflexo de moro
É um reflexo desencadeado por vários estímulos, como : sonoro, visual... Para identificar a sua presença, o examinador, por exemplo, bate palmas na frente da criança. A criança terá duas fases de reação distintas :
1°fase - a criança abre os braços e mãos e faz extensão do cotovelo;
2° fase - a criança volta ao normal, fechando os braços e fletindo-se como um auto abrasamento. Esta fase é a que primeiro desaparece.
O reflexo está presente ao nascer e desaparece por volta dos 3 a 4 meses de vida. 

7.Reflexo cutâneo plantar
É importante saber diferenciá-lo do reflexo de apreeção e mais tarde de Babinsk. Quando se estimula a borda do pé, a criança responde com extensão do hálux e abertura dos outros dedos em forma de leque ou os fletem. A partir de um ano de vida, a reação será de flexão de todos os dedos do pé, inclusive do hálux. O reflexo estar presente até 1 ano de vida e a partir disto, ele só aparecerá em situações patológicas e terá o nome de Babinsk.

http://neurologia.facafisioterapia.net/2011/12/reflexos-arcaicos-no-desenvolvimento.html

Evolução do peso 
A direita evolução do peso no 1º mês de vida. A esquerda peso estimado do Leo
Evolução da estatura:
Para ver a minha estatura, vão me colocar de barriga para cima sobre uma régua graduada, com a cabeça no zero e esticar as minhas pernas para se efectuar a medição até aos calcanhares. A partir do momento em que eu conseguir me manter de pé, o médico pode utilizar, nas consultas regulares, as mesmas técnicas de medição que num adulto, mas com instrumentos específicos para a minha reduzida estatura. Como é óbvio, em casa, Mamãe e papai podem recorrer a procedimentos simples em que o único equipamento necessário é uma fita métrica, embora esta não deva ser utilizada directamente sobre o meu corpo.Um método simples e eficaz consiste em me colocar de pé e descalço contra uma parede ou uma porta, com a cabeça levantada, apoiar um livro ou um objecto rígido e plano sobre a minha cabeça, de modo a alisar o cabelo, efectuar um sinal nessa área e, por último, medir com a fita métrica a distância entre o sinal e o chão.
Durante o primeiro semestre eu vou crescer cerca de 15 cm (cerca de 2,5 cm/mês).


Evolução do perímetro cefálico
Para medir o perímetro cefálico (PC) passarão uma fita métrica pela glabela e pelo ponto mais saliente do occipital. Esta medida reflete o crescimento cerebral, principalmente no primeiro ano de vida.
No primeiro trimestre meu perímetro cefálico cresce cerca de 2cm/ mês.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Aleitamento Materno

O leite materno é indiscutivelmente o melhor alimento para o ser humano nos primeiros dois anos de vida. É fundamental para o sucesso da amamentação que a mãe receba o apoio de todos os envolvidos nos cuidados com o bebê. Vantagens:
  •  A relação entre mãe e filho ocorre de forma mais fácil 
  • Digestão rápida 
  •  Proteção contra alergias e infecções 
  •  Facilita o desenvolvimento da mastigação e da fala 
  •  Bacteriologicamente seguro 
  •  Pronto para ser consumido e na temperatura ideal 
Como se preparar durante a gravidez: 
  • Exponha os mamilos ao sol, gradativamente, até no máximo 20 minutos por vez, antes das 10h ou após as 15h 
  • Use sutiã adequado e confortável que permita a exposição dos mamilos e o contato com a roupa 
  • Não use creme, hidratante, óleo ou pomada nos mamilos 
  • Atenção com a alimentação 
 Duração e Frequência de cada Mamada
 Cada bebê tem o seu ritmo, em geral ele mama a cada 3 horas (podendo variar de 2 a 4 horas) e permanece, em média, de 5 a 20 minutos em cada mama, sendo que nos primeiros dias de vida esse tempo poderá ser mais prolongado. 
Não oferecer chupeta enquanto a amamentação não estiver bem estabelecida. 

Aumentando a Produção de Leite  
  • Quanto mais o bebê sugar, mais leite será produzido 
  • Escolher uma posição confortável e em um local tranquilo 
  • Estar certa de que a posição do bebê está adequada e que ele abocanhou a aréola para sugar 
  • Descansar no momento de sono do seu filho 
  • Não oferecer nenhum outro tipo de líquido ao bebê 
  •  Ingerir 3 a 4 litros de líquidos por dia: água, suco, sopa, leite, etc 
  • Aumentar a ingestão de proteínas: leite, queijos, carnes, peixe, etc 
  •  Aumentar a ingestão de vitamina A e C: frutas e vegetais 
Orientações de Ordenha Recipiente para estocagem
Utilizar recipientes de vidro com tampa de plástico 

Como Esterilizar os Recipientes
  •  Ferver os vidros e tampas em uma panela, cobrindo todo o vidro com água, por 10 minutos (tempo contado a partir da fervura da água) 
  •  Deixar os vidros e as tampas escorrerem em um pano limpo, com a boca virada para baixo, até secar. 
  • Fechá-los sem tocar na parte interna das tampas. 
Técnica para Retirada do Leite Materno: 
  • Retirar o leite depois de amamentar ou se as mamas estiverem bem cheias 
  •  Escolher um lugar limpo, tranquilo, arejado e confortável 
  • Prender os cabelos ou utilizar touca 
  •  Usar uma fralda ou máscara sobre o nariz 
  •  Evitar conversar durante a retirada do leite 
  •  Lavar as mãos com água e sabão em abundância 
  •  Massagear a mama com a ponta dos dedos, fazendo movimentos circulares no sentido da aréola para o corpo 
  •  Desprezar as primeiras gotas de leite 
  •  Ordenhar o leite diretamente no frasco esterilizado, colocando-o abaixo da aréola 
  •  Pense no seu bebê com muito carinho durante a ordenha 
  •  Retire só a quantidade de leite que o bebê irá consumir por vez 
  •  Fechar o recipiente e etiquetar com nome, data e hora, após terminar a ordenha 
  •  Reservar um espaço no freezer ou geladeira só para estocagem do leite. 
Descongelamento do leite: 
  • Retirar o leite do freezer cerca de 10 minutos antes da mamada, preferindo sempre o mais velho 
  •  Deixar descongelar naturalmente em um lugar limpo e fresco, com o vidro tampado 
Aquecimento do leite estocado
  •  Colocar o frasco com leite e sem a tampa em uma panela com água quente (atenção o fogão deve estar desligado) 
  • Em seguida realize movimentos circulares com o vidro dentro da água, para que o calor seja distribuído de forma homogênea 
  •  Quando o leite estiver na temperatura ambiente, estará pronto para ser oferecido ao bebê (in natura) Tempo de Estocagem do Leite Materno~
  •  Temperatura ambiente: até 1 hora 
  •  Geladeira doméstica: até 12 horas 
  •  Congelador/freezer: até 15 dias. 
http://www.hospitalalianca.com.br

domingo, 1 de setembro de 2013

Primeiros cuidados com o Bebê - Entrevista com o Pediatra


Faça uma viagem pelos caminhos do teu coração! - Recados e Imagens para orkut, facebook, tumblr e hi5
ENTREVISTA PRIMEIROS CUIDADOS COM O BEBÊ
 Dr. Antranik Manissadjian é médico pediatra com 55 anos de experiência e professor de grande número de profissionais que se especializaram nessa área. Durante nove meses as mulheres se preparam para a chegada de um bebê. São roupinhas, berço, a escolha da maternidade e do nome. Parece que tudo está em ordem à espera que ele dê os ares de sua graça. Quando a criança nasce, porém, é sempre uma confusão em casa, especialmente se os pais são marinheiros de primeira viagem. Horários das mamadas e do sono, o choro, as visitas, a ocasião adequada para um passeio, os banhos de sol, tudo é motivo de dúvidas e preocupações. Será que meu filho dorme demais? Está com fome? Chora de cólica ou porque quer companhia? São tantas as perguntas e tão pouca a experiência quando se trata especialmente do primeiro filho. Nesses momentos, aparecem as avós para socorrer as mães que têm medo até de segurar a criança. Cuidar de um bebê não é um bicho de sete cabeças. Há uma telepatia indiscutível entre mãe e filho que a faz entender seu choro e necessidades. A mãe não deve esquecer, porém, que a educação de uma criança deve começar antes mesmo de ela nascer. 
PAPEL DAS AVÓS 
Drauzio – Esse conhecimento que as avós trazem para casa do bebê tem grande importância prática, mas muitas vezes estão baseados em mitos. Qual sua visão a respeito do assunto? 
Antranik Manissadjian – No que se refere aos primeiros cuidados com a criança recém-nascida, ao ajudar as filhas ou noras, as avós desempenham um papel importante e imprescindível. Não são mitos que transmitem. É o acúmulo de experiência que vem de longa data. Inclusive, a orientação que dou às mães de primeiro filho em relação aos cuidados com o bebê recém-nascido é fruto da análise que fiz da vivência e experiência de avós que me chamaram atenção. Essa orientação se divide em alguns tópicos. O primeiro diz respeito à alimentação das crianças. O segundo, aos cuidados com a própria mãe e o terceiro, aos cuidados gerais que subdivido em higiênicos e emergenciais. 
ALIMENTAÇÃO 
Drauzio – Vamos começar pelos cuidados com a alimentação. Antranik Manissadjian – A primeira pergunta que as mães sempre fazem é qual o horário em que as crianças devem ser alimentadas. Respondo que não há um horário rígido. O intervalo entre uma mamada e outra pode variar de duas horas e meia a quatro horas. Estudos realizados por suecos, que analisaram o esvaziamento do estômago dos recém-nascidos, comprovam que realmente o estômago se esvazia no mínimo em duas horas e meia e, no máximo, em quatro horas, desde que essas crianças tenham se nutrido satisfatoriamente na refeição anterior. Nos primeiros 60 ou 90 dias de vida, o bebê mantém esse ritmo dia e noite. As mamadas noturnas serão abandonadas espontânea e voluntariamente quando estiverem satisfeitas suas necessidades de crescimento e desenvolvimento. 
Drauzio – Muitas mães se assustam com o tempo que a criança passa dormindo. Não sabem se devem acordá-la ou deixá-la dormir. 
Antranik Manissadjian – Realmente, crianças recém-nascidas dormem mais tempo do que ficam acordadas. Elas passam dormindo praticamente 90% do tempo. Nos 10% restantes, estão acordadas em função da alimentação. À medida que crescem, porém, os períodos de sono vão encurtando até atingir ritmo normal que se estabelece em torno dos seis ou sete meses de idade, algumas mais precocemente, outras mais tardiamente, porque isso é uma característica da espécie humana. O ser humano não é uma máquina. Cada pessoa é absolutamente diferente da outra. Mesmo em gêmeos univitelinos, observa-se esse fenômeno. As mães me perguntam, então, como devem alimentar sua criança. Respeitado esse horário flexível, o aleitamento materno é a melhor forma de alimentá-la desde que tenha leite suficiente para fazê-lo. Se não tiver, o aleitamento materno deve ser complementado com o leite que o pediatra que acompanha a criança selecionar. 
Drauzio – Hoje existe a tendência de não dar mamadeira nem chupeta para as crianças. A justificativa é que sugar na mamadeira exige menos esforço e faz com que abandonem o peito materno. O senhor pegou uma época em que se costumava complementar o peito com chá ou água nas mamadeiras. Como vê essa mudança de conduta? 
Antranik Manissadjian – É uma mudança de conduta que atribuo em grande parte ao modismo. Digo isso porque existe uma campanha acirrada no sentido de incentivar o aleitamento materno, que não depende da vontade de quem amamenta, mas de uma série de fatores emocionais e fisiológicos que fazem a mãe ter mais ou menos leite. O importante é saber distinguir os fatos a fim de que essa conduta não venha a prejudicar a criança num período de crescimento e desenvolvimento intensos, característica fundamental dos primeiros seis meses de vida, e que não venha a prejudicar, principalmente, a maturação do sistema nervoso que se inicia logo após o nascimento e termina na adolescência. A célula nervosa tem de estar muito bem nutrida, ou seja, recendo os nutrientes adequados para que a criança não apresente problemas de inteligência, de emoção, etc. É claro que há fatores genéticos envolvidos e que não se pode prever nem predizer quando estará firmado o equilíbrio mental das pessoas. Sabe-se, entretanto, que isso corre na infância ou mais frequentemente na adolescência. 
Drauzio – Se a mulher tiver leite suficiente para atender as necessidades da criança nos primeiros meses de vida, não precisa oferecer-lhe outro tipo de a Antranik Manissadjian – Não há necessidade de complementar o leite materno com outro tipo de leite se a mãe possuir o suficiente para alimentar a criança. No entanto, embora vivamos num país em que a luminosidade é tão intensa que pode atender até certo ponto a carência de vitamina D, acho importante dar um aporte vitamínico, especialmente dessa vitamina, e também introduzir sucos de frutas a partir do segundo mês não só para aumentar a oferta de vitamina C, como para favorecer a maturação mais rápida da mucosa intestinal. Atualmente, existe a tendência de introduzir a alimentação sólida tardiamente, a partir do sexto mês. Na realidade, isso pode ser justificado nas camadas mais pobres da população em que o aleitamento materno representa certa garantia de alimentação para a criança, mas não se justifica quanto ao retardo da maturação da mucosa intestinal nem ao atraso no desenvolvimento do maciço bucomaxilofacial. Você se referiu também ao uso ou não de chupetas. Os americanos chamam chupeta de pacifier. Se será realmente um pacificador, depende muito da própria criança. Há a que pega chupeta e a que não pega. Há a que não pega, mas chupa o dedo. Pode-se dizer, então, que a chupeta responde a uma necessidade emocional da criança e faz parte da fase oral de seu desenvolvimento neuropsicomotor. Num ponto os ortodontistas discordam dos pediatras em relação ao uso da chupeta. Eles afirmam que ela pode provocar um avanço da arcada dentária superior e uma inadequação da mordedura entre as duas arcadas no futuro, o que exigiria a indicação de aparelhos ortodônticos para corrigir o problema. 
Drauzio – A Organização Mundial de Saúde e o Ministério da Saúde no Brasil adotam a política de que toda mãe deve amamentar seu filho exclusivamente no peito até o sexto mês e só a partir de então deve oferecer-lhe sopinhas, suco de frutas, etc. O senhor pessoalmente concorda com essa visão? 
Antranik Manissadjian – Minha visão pessoal está baseada num micromundo, por assim dizer. Dentro do macromundo e do macroatendimento de saúde, levando em consideração o grau de instrução de nosso povo e as dificuldades para a aquisição de alimentos que, às vezes, são retirados da boca de outras crianças da família para serem dados aos bebês, a visão é correta. Tenho a impressão inclusive de que essa conduta do Ministério foi norteada pela constatação de que há casos de atrofia cerebral observados em crianças com desnutrição grave ou média, uma vez que não foram alimentadas adequadamente durante o período mais importante de crescimento e maturação do sistema nervoso. Numa política macro e em função da classe social e do grau de instrução das mães, é extremamente válida a insistência do Ministério da Saúde na exclusividade do aleitamento materno até os seis meses. 
Drauzio – Muitas mulheres se queixam de que o leite é fraco – ah, meu leite é fraco! – e deixam de amamentar os bebês. O leite pode mesmo ser fraco? 
Antranik Manissadjian – Não existe leite fraco. Ou existe leite suficiente para atender as necessidades calóricas, proteicas, lipídicas, hidrocarbonadas e assegurar o crescimento e o desenvolvimento da criança ou não há leite suficiente. Leite fraco foi uma concepção criada para justificar aquilo que ocorre quando o bebê não se alimenta como deveria. Nesse caso, o intervalo entre as mamadas diminui e ele começa a chorar uma hora, meia hora depois de ter mamado no seio. A mãe pode possuir condições fisiológicas excelentes para a formação de leite ou não ter aleitamento suficiente para as necessidades daquela criança, porque variam muito de uma criança para a outra. Tanto assim, que não adianta a mãe alimentar-se excessivamente pensando que dessa forma vai aumentar a secreção láctea. Não aumenta. A única coisa que acontece nessas circunstâncias é que ela vai ganhar peso e depois ficar aborrecida porque não consegue perder esses quilos a mais. Na verdade, a mãe que amamenta sente mais sede porque o leite materno, como qualquer outro, é constituído aproximadamente por 90% de água. Ela precisa, então, saciar essa sede, bebendo água, leite ou qualquer outro líquido que lhe apeteça. Antigamente, se dizia que era bom tomar cerveja preta. Isso não faz a menor diferença quanto à composição ou aumento do leite materno. 
Drauzio – Isso quer dizer que não existem alimentos nem líquidos que deixem o leite materno mais forte. 
Antranik Manissadjian – Não existem alimentos que possam deixar o leite mais forte ou inadequado. Apesar da crença de que, se as mães ingerirem alimentos apimentados ou muito condimentados irão agravar as crises de cólica da criança, nunca observei tal resultado, tanto que lhes digo para comerem de acordo com seu apetite, com suas preferências alimentares. O principal é que saciem a sede e não fumem. Se por acaso forem muito dependentes do tabaco, que pelo menos diminuam drasticamente a quantidade de cigarros fumados por dia, porque a nicotina passa para a criança através do leite. Se o fumo traz problemas durante a gravidez, pois filhos de mães fumantes nascem menores e com peso mais baixo, traz também depois do nascimento. E não é apenas o fumo. Certos medicamentos, como os anti-inflamatórios não hormonais e os remédios para emagrecer que agem sobre a tireoide, passam através do leite. Por isso, se necessário, em caso de dor as mães devem tomar antiálgicos como aspirina ou paracetamol, ou então dipirona. 
Drauzio – E quanto a mamar num seio só ou oferecer os dois seios em cada mamada? Hoje se diz que a mulher deve dar um seio só em cada mamada, porque o leite que sai no final tem maior teor de gordura e, portanto, maior conteúdo calórico. 
Antranik Manissadjian – Não sei se existem estudos científicos comprovando que oferecer um único seio em cada mamada seja mais vantajoso para a criança. Aprendi e tenho verificado que a amamentação nos dois seios, alternando o lado em que se inicia e durante no máximo 15 ou 20 minutos de cada lado ou até ter a sensação de esvaziamento, faz com que o estímulo da sucção esteja presente nos dois seios em todas as mamadas. Além disso, tenho visto crianças amamentadas num único seio fazerem intervalo menor entre as mamadas, o que pode significar que não foram alimentadas suficiente e adequadamente. Assim, oriento as mães para que deem os dois seios, oferecendo primeiro o que deu por último na mamada anterior, e deixem a criança mamar enquanto tiverem a sensação de que ela está realmente sugando ou de esvaziamento do seio, tempo que não deve ultrapassar 15 ou 20 minutos em cada lado.
CÓLICAS E REFLUXO 
Drauzio – Mães e pais ficam muito aflitos quando percebem que o filho está com cólicas ou tendo refluxo. Há quem diga que bebê não tem cólicas.
 Antranik Manissadjian – A criança tem cólica em decorrência da própria imaturidade do organismo. Sob o ponto de vista físico, ela nasce como um edifício pronto e acabado, como uma fábrica montada, mas funcionalmente imatura. Criança tem cólica? Tem. A cólica é uma onda peristáltica que em vez de fluir adequadamente até o final do intestino delgado, encontra uma área em que existe um espasmo e a criança sente dor. 
Drauzio – Como se percebe que a criança está chorando porque tem cólica? 
Anranik Manissadjian – Existem ene causas para o choro da criança e a mãe acaba entendendo pelo tom o que o filho está querendo transmitir. A criança chora de fome, chora de sede, chora porque está agasalhada demais e nesse caso também transpira; chora porque está mal agasalhada, porque urinou ou evacuou e as fraldas estão sujas ou molhadas, ou porque quer arrotar. Até chegar ao choro por causa da cólica, existe um caminho longo em que a mãe vai paulatinamente decifrando o significado de cada choro, à medida que se entrosa melhor com o filho recém-nascido. Muitas dizem que a cólica aparece com hora marcada. A partir das seis da tarde, a criança começa a chorar. É verdade, mas antes de chegar a essa conclusão, ela precisa verificar se o bebê está com fome, com sede, se fez xixi ou cocô ou se quer arrotar. Normalmente, a maturação funcional começa logo após o nascimento. No caso do sistema nervoso, vai até a adolescência, algumas vezes uma adolescência sem fim, porque conheço muitos adolescentes com 50 ou 60 anos. A funcionalidade do aparelho respiratório, por exemplo, termina aos sete anos; a maturação do sistema circulatório, logo após o nascimento, mas a do sistema digestivo leva mais tempo e as cólicas acabam sumindo no segundo semestre da vida da criança. Quando a criança tem cólicas, as mães costumam colocar bolsa de água quente, passar óleo e fazer massagem no abdômen, dar chá de chicória. Nós, médicos, ficamos em palpos de aranha, essa é a realidade. Pode-se prescrever antiespasmódico. Quando ele não dá resultado, receito paracetamol ou dipirona, mas às vezes somos obrigados a dar barbitúricos (fenobarbital), porque a cólica pode estar associada a uma pequena disfunção cerebral. Outras vezes, só nos resta recorrer aos diazepínicos para acalmar a cólica e só a vivência vai indicar o método mais adequado para tratar cada caso. 
Drauzio – E em relação ao refluxo, o que se deve fazer? 
Antranik Manissadjian – Em relação ao refluxo, assunto que está em moda ultimamente, é preciso analisar como está sendo feita a amamentação para depois ministrar remédios antirrefluxo. Costumo orientar as mães no sentido de que devem procurar uma posição confortável para amamentar, pois vão ficar bom tempo sentadas, e descobrir qual a melhor posição para a criança, pois assim engolirá menos ar, já que por si o ato da sucção favorece a deglutição de ar junto com o leite. Se a criança estiver sendo alimentada com mamadeira, deve-se prestar atenção no tipo de bico usado. Ele deve ser mole (os duros exigem maior esforço físico, a criança se cansa e acaba dormindo) e ter o orifício adequado para que o leite verta com facilidade. Bicos que já vêm com o furo pronto frequentemente precisam de adaptações. Principalmente, ao oferecer o complemento em mamadeira, a mãe não deve permitir que haja nível de ar com o leite. A ingestão de ar distende o estômago, provoca dor e faz, muitas vezes, com que a criança regurgite. Outra medida necessária é colocar a criança para arrotar depois que mamou durante dez minutos. Se não arrotou, deve-se deitá-la sobre um dos lados, direito ou esquerdo, ou mesmo de bruços, mas nunca de costas porque o gás empurra e põe para fora o leite que encontra pela frente, passando a sensação de que ela vomitou, porque vai regurgitar de maneira intensa. Por isso me questiono a respeito do refluxo, se de fato os casos aumentaram ou se é falha na orientação dos pediatras quanto ao procedimento correto em relação ao ato de amamentar. Antes de fazer o diagnóstico de refluxo, é preciso avaliar as condições que cercam a amamentação para evitar que a criança receba desnecessariamente uma parafernália de medicamentos, como esvaziadores mais rápidos de estômago, antiácidos, antiespasmódicos, etc. HIGIENE
 Drauzio – Existe uma discordância quanto ao momento em que deve ser dado o primeiro banho na criança. Qual sua posição a respeito? 
Antranik Manissadjian – Atualmente, na maior parte das maternidades, o primeiro banho é dado logo depois de a criança ter nascido. Se ela se encontra em condições normais, após a identificação, toma banho. Entretanto, as mães de primeiro filho precisam ser orientadas sobre como devem proceder em casa. Nisso, as avós ajudam muito. Não é preciso esperar a queda do coto umbilical. Quando for dar banho, a mãe deve deixar à mão uma toalha felpuda, uma fralda de pano que cubra parcialmente a toalha, pois absorve mais rapidamente a água do corpo e um sabonete. 
Drauzio – Algum tipo especial de sabonete? 
Antranik Manissadjian – O sabonete que você e eu usamos, um sabonete de adulto, e nada de xampus. A criança deve ser lavada normalmente e enxaguada com água limpa, cabeça e tronco, coisa que a maior parte das mães não faz. Segue-se, então, uma série de recomendações a respeito de coisas que nós adultos fazemos habitualmente, mas que as crianças ainda não têm condições para assumir. Portanto, a mãe deve enxugar bem os ouvidos do bebê, mas com cuidado para não penetrar no canal auditivo. 
Drauzio – O senhor recomenda o uso de cotonetes? 
Antranik Manissadjian – O cotonete até pode ser usado, mas a fralda ou a toalha são suficientes para enxugar o pavilhão de orelha. Não se deve introduzir nada para secar os ouvidos. Há casos de perfuração da membrana do tímpano por causa de um movimento brusco e imprevisível da criança durante a limpeza dos ouvidos. Como se vê a prevenção de acidentes começa desde o nascimento. Depois, vem a limpeza da boca. Recomendo que seja feita com água bicarbonatada que pode ser preparada em casa. Basta adicionar a meio copo de água uma colher de chá de bicarbonato de sódio usado na cozinha. A mãe pode ter receio de passar essa solução com um chumaço de algodão cobrindo seu dedo ou com a ponta de um cotonete recoberta com algodão. Nesse caso, deve deixar a criança chupar (ela chupa por reflexo) por duas ou três vezes para que tenha um pH desfavorável ao crescimento de fungos. 
Drauzio – Como o senhor orienta a higiene dos genitais? 
Antranik Manissadjian – O genital dos meninos nunca deve ser forçado porque existe a fimose fisiológica que se resolve espontaneamente até o final do primeiro ano. Por isso, não sou favorável à postectomia precoce. No que se refere às meninas, a mãe deve limpar não apenas a área genital, mas também o espaço entre os pequenos e os grandes lábios sempre tendo o cuidado de fazer a higiene da frente para trás, isto é, na direção do ânus. Nunca no sentido contrário para não contaminar a vagina com as bactérias que normalmente existem no ânus.
 Drauzio – O senhor poderia explicar o que é postectomia? 
Antranik Manissadjian – Postectomia, também chamada de circuncisão ou cirurgia de fimose, é a retirada do prepúcio. Se feita por motivo religioso, respeito; mas fazê-la para evitar um problema que talvez possa ocorrer mais tarde, é discutível. É bom deixar a natureza seguir seu caminho. Nada no corpo humano existe sem motivo e o prepúcio tem sua razão de ser. Ele está ali para proteger o meato uretral, o orifício por onde sai a urina. Tanto é assim que uma parte das crianças circuncidadas desenvolve estenose de meato uretral e precisam ser submetidas a cirurgias para alargamento. Isso para não falar nas consequências deletérias da não fluidez adequada da urina durante a micção. 
Drauzio – Vamos explicar o que é estenose do meato uretral. 
Antranik Manissadjian - Estenose do meato uretral é o estreitamento do orifício que se localiza na glande, isto é, na ponta do pênis. Nas crianças circuncidadas, o contato com fezes e urina provoca uma irritação que paulatinamente leva à diminuição dessa fenda, o que dificulta a micção normal. 
Drauzio – Existe ainda alguma outra informação que vale a pena destacar? 
Antranik Manissadjian - Existe o que se chama de crise pubertária que, no sexo masculino, é caracterizada por tumefação dos seios, inclusive com formação e excreção láctea. No sexo feminino, além disso, há uma perda hemorrágica pelos genitais. Trata-se de um episódio absolutamente normal, sem nenhum significado patológico e não deve afligir as mães de primeira viagem. Muitas avós já viram esse fenômeno que pode ocorrer nos primeiros quinze dias ou, no máximo, nas primeiras três semanas de vida e reflete o excesso da ação dos hormônios transmitidos pela mãe sobre esses órgãos da criança. 
Drauzio – O senhor acha que sabonetes, xampus e demais produtos de toucador especiais para crianças não devem ser usados?
Antranik Manissadjian – Não aconselho o uso de produtos de toucador infantis, como sabonetes, talcos, xampus ditos especiais para as crianças. Recomendo que a roupa pessoal da criança seja lavada apenas com água e sabão de coco em barra e que não sejam usados nem sabão de coco líquido ou em pó nem os amaciantes, porque podem provocar reações cutâneas irritativas terríveis que pioram com a aplicação de pomadas com corticoides. Tenho observado essas lesões não somente em crianças recém-nascidas, mas em crianças de qualquer idade e nos adultos também e que elas desaparecem quando esses produtos deixam de ser empregados na lavagem das roupas. 
Drauzio – O senhor é contra ou a favor do uso de talco?
 Antranik Manissadjian – Contra assaduras, sou mais a favor ao uso preventivo de pomadas protetoras, que normalmente mando as mães diluírem com óleo de milho ou girassol, aqueles mesmos usados na cozinha, até que fiquem bastante fluidas, porque muitas aderem de tal maneira à pele que exigem muitas lavadas para sair completamente. O uso profilático dessas pomadas traz melhor resultado do que o tratamento após a implantação da assadura. 
ROUPAS
Drauzio – As mulheres brasileiras costumam embrulhar as crianças com xales e cobertores, embora a maioria viva em regiões de clima mais ameno. Que critério elas devem adotar para vestir suas crianças? 
Antranik Manissadjian – As mães não devem basear-se na temperatura das mãos e dos pés das crianças quando forem vesti-las. Mãos e pés de bebês são normalmente frios, porque a circulação venosa é mais lenta. Luvinhas, por exemplo, não ajudam a aquecer as mãos da criança que deve ser vestida de acordo com a sensação térmica da mãe. Se ela está com frio, deve pôr roupas mais quentes no bebê e não deve agasalhá-lo, se está sentido calor. Outra recomendação que faço é que as roupas devem ser simples. Às vezes, a vaidade materna chega a tal ponto que vestem suas crianças como verdadeiras bonecas, embora nem sempre com roupas confortáveis. 
PASSEIOS
Drauzio – Quando o bebê pode ser levado para passear?
 Antranik Manissadjian – Às vezes, mães de crianças com dois ou três meses me perguntam se podem levá-las ao shopping para passear. Eu lhes digo que primeiro é preciso desenvolver sua resistência por meio da vacinação. No shopping, vão entrar em contato com um mundo onde existem vírus e bactérias que não sabemos quais são. 
Drauzio – O senhor recomenda que a criança seja retirada de casa com que idade? 
Antranik Manissadjian – Quanto mais a criança recém-nascida ficar calma e tranquila no seu canto, melhor. No começo, ela não deve ser retirada de casa exceto para ir à casa dos avós paternos ou maternos. Para se expor a outros ambientes, deve estar vacinada pelo menos com a primeira dose das diferentes vacinas. 
Drauzio – Isso costuma ocorrer com que idade? 
Antranik Manissadjian – O Ministério da Saúde recomenda que seja aplicada a vacina contra hepatite B e a BCG logo nos primeiros dias de vida. Minha conduta é um pouco diferente. Como hoje os pediatras fazem o papel de clínico geral ou do médico de família, sabemos muito bem quais são os problemas de saúde que existem em determinado grupo familiar, inclusive o uso de drogas pelos pais. Se eles não existem, prefiro que a criança inicie seu desenvolvimento mais tranquilamente; por isso, começo a vacinar a partir do segundo mês. E aí, é uma batelada de vacinas: hepatite B, difteria, coqueluche, tétano, meningite A e C, hemófilos B e antipneumocócica. O BCG reservo para após o quarto mês porque deve haver um intervalo de dois meses entre uma aplicação e outra. A partir da primeira dose de vacina, a criança pode sair, viajar, ir para a fazenda, etc. 
AMBIENTE FAVORÁVEL 
Drauzio – Em relação aos estímulos externos, o que é mais adequado para a criança? 
Antranik Manissadjian – A criança tem que se adaptar ao ambiente em que vai viver. Entretanto, nos primeiros 40, 60 dias é bom que tenha tranquilidade em seu quarto, mas não na penumbra e, sim, com luminosidade, ou seja, deixando a luz do dia e também os ruídos da casa entrarem. Nesse período, muitas mães oferecem estímulos visuais para a criança, colocando no berço objetos coloridos e sonoros que chamem sua atenção. Obviamente, pessoas de poucos recursos têm mais dificuldade de dar esse tipo de atendimento para os filhos. 
Drauzio – Nos primeiros dias, a criança deve ficar em seu quarto sozinha ou no quarto dos pais? 
Antranik Manissadjian - Acho prudente não deixar a criança sozinha pelo menos nos primeiros 30 ou 40 dias de vida, porque ela pode regurgitar e aspirar o vômito, por exemplo. Como existem casos de morte súbita em crianças pequenas e, às vezes, até em crianças um pouco maiores, considero prudente que, no início, a criança fique em seu quarto com acompanhante ou no quarto dos pais. 
Drauzio – Em que posição a criança deve ser colocada no berço? 
Antranik Manissadjian – Recomendo que seja sempre colocada no berço em posição lateral, com um travesseiro que sirva de calço para impedir que vire. Pode ainda ser deitada de bruços, mas não constantemente porque essa posição favorece a abertura da articulação coxofemoral e a criança acaba ficando com pernas como as do Carlitos. A meu ver, portanto, a criança nunca deve ser colocada de costas por causa do perigo que a regurgitação e a aspiração do vômito representam. 
RELAÇÕES SOCIAIS
Drauzio – E o relacionamento dos pais com o filho pequeno como deve ser? Muitos evitam até chegar muito perto com medo de transmitir algum vírus ou bactéria para a criança. 
Antranik Manissadjian – O contato maior da criança tem que ser com a mãe. A telepatia mãe/filho realmente existe. Ela deve conversar com ele, cantar porque isso de alguma forma representa um estímulo para seu desenvolvimento auditivo e visual. O pai também pode carregá-lo sem problemas. Agora, não recomendo que criança pequena vá para o colo de pessoas estranhas. Apesar do carinho e da atenção que a visita dispensa, ela vem de fora e pode representar uma fonte de contaminação. Portanto, os familiares podem e devem pegar as crianças, mas sem exageros. Elas são extremamente espertas e logo descobrem como comandar a situação. Criança acostumada no colo acaba montando a cavalo nos familiares. Ouço com frequência os pais dizerem que a criança está aos berros, mas sossega quando a pegam no colo. A educação da criança começa antes e continua após o nascimento. Todos nós conhecemos crianças birrentas, porque foram supermimadas nos primeiros meses e anos de vida. Faz parte também da educação, a mãe aprender a respeitar o paladar e o apetite da criança. Deve fazer com que ela se alimente da melhor maneira possível, sem entrar em conflito porque acha que come mal e pouco.

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Cuidado com o Bebê recem nascido

Mamae de primeira viagem mensagem


É importante que saiba preparar o ambiente mais adequado para receber o Bebê, onde cada pormenor que, à primeira vista pode parecer insignificante, tem uma importância extrema. 
O quarto onde o bebé vai dormir
  • O quarto é o espaço onde o Bebé vai permanecer durante longos períodos de tempo, nos seus primeiros meses de vida. Tudo deve ser escolhido a pensar no seu conforto e segurança.
  •  Nos primeiros tempos, pode optar por deitar o bebé numa alcofa, segura e estável. Mas, atenção: a partir dos três meses, o uso de alcofas está contra-indicado porque pode provocar o sobreaquecimento do bebé, um factor de risco para a síndrome de morte súbita infantil. 
  •  As camas de grades devem ter uma altura mínima de 60 cm de profundidade da cama e uma distância entre as grades, no máximo, de 6 cm. 
  • Quanto à roupa da cama, é também importante ter alguns cuidados na hora da escolha. Opte por tecidos naturais que previnam alergias como, por exemplo, o linho ou o algodão. A utilização de almofadas não está recomendada. 
  • Os protectores acolchoados protegem o bebé das grades da cama mas devem estar bem presos, devido ao risco de asfixia. Quando o bebé já consegue coloca-se de pé, devem ser retirados para prevenir eventuais quedas. 
  • O edredão está desaconselhado porque é muito leve e pode facilmente cair sobre o bebé e colocá-lo em risco de sobreaquecimento ou asfixia. 
Boa noite 
Na hora de deitar o Bebê
  • Faça a cama de forma a que os pés do bebé fiquem o mais perto possível do fundo da cama para que, caso ele se movimente durante a noite, não fique totalmente coberto pela roupa da cama, prevenindo assim o risco de asfixia. 
  • Evite deitar o Bebé com babadores/babetes, fios, fitas de vestuário ou outros acessórios como as correntes da chupeta. 
  • A cama deve ser colocada no quarto dos pais, durante os primeiros meses. Além de facilitar as tarefas noturnas dos pais, promove segurança ao Bebê.
  • A cama deve ficar distante de aquecedores e de janelas ou portas que possam fazer corrente de ar. 
  • Os aparelhos eléctricos como telemóveis, computadores ou televisões devem ser desligados durante a noite, porque podem provocar ambientes magnéticos pouco favoráveis ao descanso. 
Quando cuidar do bebê
  • Mantenha o ambiente em harmonia, coloque uma música suave, cuidar do seu bebê é um momento muito especial
  • Retire anéis, pulseiras, relógio e lave as mãos e antebraços antes de colocar o bebê no colo
  • Separe o material: roupas, toalhas, fraldas, sabonete, algodão, cotonetes, álcool absoluto, etc. O Guarda-Roupa O bebê precisa, acima de tudo, sentir-se confortável 
  •  Lave as mãos antes de manusear a roupa limpa 
  • Escolha roupas feitas com tecido de puro algodão, folgadas, fáceis de vestir e adequadas para a estação do ano
  • Use toalhas de fralda de algodão e toalhas de puro algodão, felpudas, bem macias, com capuz
  • Separe baldes, bacias e sabão de côco em barra, para uso exclusivo das roupas do bebê 
  • Enxague bem para retirar todo o resíduo de sabão de côco
  • Não use amaciante, goma ou perfume. Passe a roupa com ferro bem quente e guarde-a em lugar limpo, arejado e exclusivo. 
O Banho
O banho deve ser uma oportunidade para relaxar, um momento de prazer e, sobretudo, de interacção e de conhecimento mútuo entre os pais e o Bebê. Pode encontrar no corpo do Bebê: Lanugo: pêlos finos e aveludados. Vérnix: substância gordurosa e branca que protege a pele. Mancha mongólica: de coloração azul-acinzentada. Milia: pontos brancos em volta do nariz ou no rosto. Nódulos nos mamilos: aumento do volume da zona dos mamilos. Cicatriz da vacina BCG: Pode parecer infectada. Além de promover a higiene, relaxamento, prazer, promove também a regulação dos padrões de sono e o reforço do sistema imunitário. 
  • Melhor horário entre às 11h - 14h. 
  • Ambiente sem correntes de ar e com temperatura acima de 26ºC 
  • Banheira limpa com água e sabão e de uso exclusivo do Bebê 
  • Sabonete neutro, líquido, próprio para recém-nascido 
  • Use água filtrada e fervida até a queda do coto umbilical 
  • Temperatura ideal da água é 37ºC. (Não use termômetro de mercúrio, há o risco de intoxicação, use termômetro digital) 
  • Iniciar o banho com a limpeza do rosto e depois corpo e membros. Finalizar pela limpeza da cabeça. Secar primeiro a cabeça com toalha fralda. Atenção especial para ouvidos e dobrinhas 
  • Para secar o pavilhão externo do ouvido use a toalha fralda, nunca o cotonete
  • O banho deve durar entre 10 a 15 minutos 
Curativo do Coto Umbilical 
  • Após o banho e a cada troca de fraldas 
  •  mínimo de 6 vezes por dia 
  • Cotonete embebido em álcool absoluto ou a 70% - limpar no sentido da base para cima, até retirar o cotonete limpo 
Higiene Íntima 
  • Remover todo o resíduo de fezes e urina com bastante água 
  • Na menina: faça a limpeza no sentido da vagina para o ânus 
  • No menino: a pele do prepúcio deve ser tracionada com delicadeza, sem forçar 
  • Enxaguar bem. Secar com toalha fralda 
  • Utilizar sabonete uma vez ao dia 
Como Prevenir Assaduras 
  • Trocar a fralda sempre que estiver suja 
  • Fazer higiene íntima adequada e secar bem com tecido de algodão 
Colocação de brincos, uma questão cultural para refletir 
  • O ato de furar as orelhas do bebê provoca dor 
  • O uso de brincos pode favorecer uma inflamação e/ou infecção local e pode causar desconforto interferindo na conciliação do sono 
  • Por se tratar de objeto muito pequeno, o brinco pode ser deslocado da orelha, ingerido ou aspirado pela criança, sendo mais seguro o seu uso a partir dos três anos de idade  
Dicas Gerais 
  • Converse com Bebê enquanto cuida dele 
  • Coloque músicas suaves para ele ouvir 
  • Saudade do colo da mamãe e do papai, fome, sono, frio, calor, roupas apertadas, barulho, fralda suja e dor podem ser as causas de choro do bebê 
  • Não coloque o Bebê para dormir de barriga para baixo nem de lado 
  • Quando o Bebê estiver acordado, deve ser colocado de barriga para baixo, desde que tenha a permanente supervisão de um adulto 
  • Evite prolongar demais o banho, pois a água esfria 
  • Não use talco nem perfume 
  • Limpe o quarto do Bebê e toda a casa com pano úmido embebido com água e sabão neutro. Não use vassoura, espanador e escovas na limpeza 
  • Ventiladores só deverão ser usados em ambiente que sejam limpos diariamente com pano úmido, pois assim como as vassouras, ocasionam suspensão de partículas de poeira que podem agredir as vias respiratórias do bebê. 
  • Limpe o aparelho de ar condicionado diariamente e o filtro uma vez por semana. A cada 4 meses faça uma manutenção geral. 
  • Só utilize brinquedos e enfeites de borracha, plástico ou madeira.
 http://www.hospitalalianca.com.br/servicos/maternidade/cuidados-com-o-recem-nascido
 http://saude.sapo.pt/saude-em-familia/crianca-bebe/artigos-gerais/a-massagem-do-bebe.html