segunda-feira, 10 de março de 2014

Bronquiolite

Mamãe iniciei o sexto mês com Bronquiolite, para entender o que  acontece é necessário conhecer o aparelho respiratório:




Nariz e cavidade do nariz
As duas cavidades por onde o ar entra no sistema respiratório são chamadas de fossas nasais. São separadas por uma cartilagem chamada cartilagem do septo, formando o septo nasal. Os pêlos no interior do nariz retém as partículas que entram junto com o ar. É composto de células ciliadas e produtoras de muco. O teto da cavidade nasal possui células com função olfativa. Nesta região, a mucosa é bem irrigada e aquece o ar inalado.
Faringe
A faringe pertence tanto ao sistema respiratório como ao sistema digestivo. Através das coanas (abertura posterior do nariz esta ligada com a cavidade do nariz e através das fauces (garganta), com a boca. Liga-se com o ouvido médio pelas tubas auditivas. Liga-se também com a laringe e com o esôfago. Antes de ir para a laringe, o ar inspirado pelo nariz passa pela faringe.
Laringe
A laringe é um tubo cartilaginoso de forma irregular que conecta a faringe com a traquéia. Situa-se na parte superior do pescoço. A laringe possui uma estrutura cartilaginosa que chama epiglote, que trabalha para desviar das vias respiratórias para o esôfago os alimentos deglutidos. Caso não ocorra este desvio, o alimento é expelido com uma tosse violenta.
Na laringe encontramos as cordas vocais, que são pregas horizontais na parede da laringe. Entre as cordas vocais há uma abertura chamada glote e é por ela que o ar entra na laringe, provocando uma vibração nas cordas vocais e produzindo som. Na face anterior do pescoço forma-se a proeminência laríngea, chamada de pomo de Adão, que é mais visível nos homens que nas mulheres.
Traquéia
A traquéia é um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 de diâmetro e suas paredes são reforçadas por uma série de anéis de cartilagem que impedem que as paredes se colapsem.
A traquéia bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios.
O epitélio é formado por células ciliadas e células secretoras. Estes cílios servem para remover as partículas e microorganismos que entram com o ar inalado. O muco produzido pelas células secretoras serve como uma barreira também.
Pulmão
O ar entra pelo nariz, vai para a nasofaringe, chega até a laringe (cordas vocais) e, já no pescoço, desce por um tubo que se chama traquéia. Dentro do tórax, a traquéia divide-se em dois tubos chamados brônquios - um vai para o pulmão direito e outro para o esquerdo. Cada brônquio, no trajeto dentro do pulmão, vai se ramificando e tornando-se cada vez mais estreito. A estes tubos de ar, diminutos, que espalham o ar nos pulmões chamamos de bronquíolos.
Os brônquios penetram no pulmão através do hilo. Esses brônquios ramificam-se várias vezes, originando os bronquíolos, que penetram no lóbulo pulmonar e ramificam-se, formando os bronquíolos terminais, que originam os bronquíolos respiratórios, que terminam nos alvéolos pulmonares.
A bronquiolite é uma doença que se caracteriza por uma inflamação nos bronquíolos e que, geralmente, é causada por uma infecção viral.
Na bronquiolite, após ocorrer o dano nos bronquíolos, um processo de cicatrização começa a ocorrer.
O processo de reparo do dano pode ter um curso muito variável, podendo levar ao estreitamento ou distorção das vias aéreas (bronquíolos). Os alvéolos, que estão em situação adjacente aos bronquíolos são quase sempre afetados. Eles são responsáveis pela troca dos gases - entra o oxigênio e sai o gás carbônico.
Existem várias causas para a bronquiolite. Dentre elas, estão:
  • Danos pela inalação de poeiras
  • Fogo
  • Gases tóxicos,
  • Cocaína,
  • Tabagismo,
  • Reações induzidas por medicações,
  • Infecções respiratórias.

Com certeza, a bronquiolite após infecções respiratórias é a situação mais freqüente e predomina nas crianças pequenas. Normalmente, afeta crianças de até dois anos de idade, sendo que a maioria dos casos ocorre entre 3 e 6 meses de idade.
O vírus sincicial respiratório (VSR) é o principal microorganismo envolvido nesta doença. Ele pode causar infecções pulmonares também em adultos saudáveis. Estas infecções costumam ser leves, mas, em crianças ou pessoas com fraqueza do sistema de defesa do organismo, podem ser graves.Contudo, a taxa de mortalidade desta doença diminuiu significativamente na última década.
Dentre outros vírus que podem causar bronquiolite estão o parainfluenza, o influenza e o adenovírus.
O vírus sincicial respiratório (VSR) pode causar infecção no nariz, garganta, traquéia, bronquíolos e pulmões.
A infecção pelo VSR, tipicamente, causa sintomas leves como os da gripe em adultos e crianças maiores. Já nas crianças com menos de um ano, o VSR pode causar pneumonia ou uma infecção frequente na infância: a bronquiolite.
O vírus sincicial respiratório é muito contagioso e se dissemina de pessoa a pessoa, por meio do contato das secreções contaminadas do doente com os olhos, nariz ou boca do indivíduo sadio. O doente, ao levar sua mão à boca, nariz ou olhos, acaba contaminando as suas mãos e, ao tocar em outras pessoas, a doença se espalha.
O indivíduo sadio também pode se infectar ao respirar num ambiente onde um doente, ao tossir, falar ou espirrar, deixou gotículas contaminadas com o vírus dispersos no ar.
A bronquiolite é uma doença sazonal – é mais freqüente nos meses de outono e inverno.
Os fatores de risco para o desenvolvimento da doença, :
  • Ter menos que 6 meses de idade
  • Exposição à fumaça do cigarro
  • Viver em ambientes com muitas pessoas
  • Prematuridade – nascimento antes de completar 37 semanas de gestação
  • Criança que não mamou no peito

Os sintomas mais comuns da doença são:
  • Tosse intensa
  • Febre baixa
  • Dificuldade para respirar - incluindo chiado no peito (sibilância), movimentos respiratórios rápidos ou, até mesmo, apnéia (parada respiratória prolongada entre os movimentos respiratórios)
  • Vômitos (nas crianças pequenas)
  • Irritabilidade
  • Diminuição do apetite;
  • Cianose - é a coloração azulada da pele que costuma aparecer em torno da boca e na ponta dos dedos, quando a dificuldade respiratória é grave;
  • Dor de ouvido (nas crianças)
  • Olhos avermelhados por uma inflamação conhecida como conjuntivite;
  • Batimento de asas do nariz – movimento das narinas (abrindo e fechando) que ocorre em situações de dificuldade respiratória na criança pequena.
O diagnóstico é feito através do exame do paciente, dos sintomas referidos por ele ou pelos seus pais. A radiografia do tórax poderá ajudar a firmar o diagnóstico ou descartar outros. Existe um exame da secreção do nariz ou dos pulmões que pode confirmar a presença do vírus sincicial respiratório.
Adultos e crianças grandes com infecção pelo VSR geralmente não precisam de tratamento.
Medicações para alívio dos sintomas podem ser utilizadas. Contudo, nenhuma medicação tem se mostrado realmente eficaz para mudar a evolução de uma bronquiolite por VSR.
Crianças pequenas podem necessitar de internamento em hospital para tratamento e acompanhamento do curso da doença. O tratamento é de suporte, utilizando oxigênio. Há a possibilidade de se usar a adrenalina por inalação com bons resultados. Broncodilatadores (que podem facilitar a entrada e a saída do ar dos pulmões) e corticóides (potentes anti-inflamatórios) podem ser usados na tentativa de melhorar a situação. Todavia, vários estudos não demonstraram benefício nesta situação. Casos graves em crianças pequenas podem evoluir para insuficiência respiratória e requerer ventilação mecânica, onde um aparelho ajuda a manter a respiração da criança.
Em casos graves, estas crianças poderão receber também um medicamento que combate o vírus: a ribavarina. Esta medicação não é usada como rotina no tratamento, somente em casos especiais, solicitada pelo médico. Se usada precocemente no curso da doença, os sintomas podem desaparecer dentro de uma semana e a dificuldade na respiração melhora em torno do terceiro dia.
Normalmente, os sintomas da doença desaparecem dentro de uma semana e a dificuldade na respiração melhora em torno do terceiro dia.
Contudo, um grande número de crianças, depois de uma provável crise de bronquiolite por VSR, continuam com chiado no peito intermitente assim como ocorre na asma. Esta é chamada de sibilância recorrente pós-bronquiolite. É uma situação problemática que necessita do manejo criterioso do seu médico.
Evitar contato com as pessoas doentes poderá prevenir alguns casos, já que sabemos que a infecção por este vírus, algumas vezes, ocorre de forma epidêmica em comunidades.
A lavagem freqüente das mãos também ajuda a prevenir novos casos da doença.
As crianças que freqüentam creches enfrentam um risco maior devido ao contato com outras crianças infectadas.
A maioria dos casos de infecção pelo VSR não tem como ser prevenida. Até o momento, não existem vacinas disponíveis. Contudo, existem medicações – como a imunoglobulina anti-VSR - que podem ser utilizadas naquelas crianças com grande risco de desenvolver tal doença. Informe-se com seu médico se sua criança poderá se beneficiar com o uso de tais medicações.
Os sintomas começam entre o 3º e o 7º dia depois de contrair o vírus. Começa normalmente como um catarro, com febre e obstrução do nariz. Entre o 2º e o 4º dia, o vírus estende-se aos brônquios e bronquíolos, causando irritação e estreitamento destas vias respiratórias, o que faz com que a criança tussa e emita uma espécie de pieira quando respira. Além disso, a criança afectada respira mais depressa (como se tivesse um ataque de asma) e com mais dificuldade. Geralmente, nesta fase a febre já diminuiu, embora em alguns casos possa persistir. A maioria das crianças nestas condições têm pouco apetite e as mais pequenas podem ter problemas inclusive para mamar ou tomar o biberão, pois cansam-se ao não conseguirem respirar bem. Além disso, habitualmente dormem mal ou têm um sono muito leve e despertam várias vezes. Normalmente, a pieira melhora num período que vai dos 3 aos 7 dias, mas a obstrução do nariz pode durar mais e a tosse pode persistir até 1 ou 2 semanas. 
Requer atenção pediátrica imediata se:
• Respirar cada vez pior.
• Se observar um afundamento dos espaços situados entre as costelas quando respira.
• Tiver os lábios roxos ou azulados.
• Não conseguir mantê-la desperta.
Requer atenção pediátrica em horas de consulta se:
• Não quiser beber/comer como antes.
• Tiver febre alta (mais de 39°).
• Se queixar de dores de ouvidos ou se puxar plas orelhas e estiver irritável.
• Tiver muita tosse e mucosidade.
Tratamento em casa:
A maioria dos lactantes pequenos com bronquiolite não necessitam de um medicamento específico, mas sim de paciência e de cuidados que lhes permitam respirar e beber de uma forma mais cómoda e fácil. Em climas muito secos, é recomendável pôr um vaporizador ou um humidificador no quarto onde a criança dorme para a ajudar a manter as fossas nasais desobstruídas. Este aparelho contribuirá para que as secreções sejam mais fluidas e fáceis de eliminar. A água do vaporizador não deve estar quente, já que tal não é necessário e poderia causar-lhe queimaduras se, acidentalmente, se derramasse em cima dela.
Para ajudá-la a respirar, pode aspirar-lhe o nariz de vez em quando (cada 2 ou 3 horas) depois de lhe administrar gotas de soro fisioloogico nas fossas nasais. Também é útil levantar-lhe um pouco a parte superior do colchão do berço e colocar algo por baixo. Assim, a mucosidade diminuirá um pouco e não se acumulará tanto no nariz enquanto dorme. Se tiver dificuldade em mamar, tomar o biberão ou comer, dê-lhe tomas mais pequenas e mais frequentes. Pense que, nestas condições, a ingestão de líquidos (água, leite ou sumos) é mais importante que a de sólidos.
Para aliviá-la, pode utilizar-se o Paracetamol (antitérmicos-analgésico) em gotas orais se a febre exceder os 38,5°, mas não deve dar-se aspirina a crianças com infecções virais (consulte o seu médico antes de dar qualquer medicamento). Em casos graves, o bebé com bronquiolite pode necessitar de internamento numa clínica para que lhe sejam administrados medicamentos que dilatem os brônquios e a ajudem a respirar.
As crianças com mais de 6 meses de idade, se existir muita obstrução brônquica que dificulte uma correcta ventilação, melhoram após a administração de broncodilatadores em inalação, com uma câmara adequada para cada idade. O referido tratamento é necessário e deve ser administrado nos casos mais graves (embora as crianças mais pequenas possam não responder a esses fármacos). Por vezes, deve-se associar algum anti-inflamatório ao tratamento, bem como uma correcta ingestão de líquidos e lavagens nasais.
A bronquiolite é causada por vírus e, por conseguinte, os antibióticos não são eficazes. No entanto, o seu filho/a pode precisar deles se também tiver uma infecção bacteriana associada (por exemplo, uma infecção de ouvidos). Como a tosse ajuda a desobstruir as vias aéreas, não se encontra indicado o uso de medicamentos que suprimam a tosse (antitússicos); pelo contrário, podem ser prejudiciais. Em todo o caso, os medicamentos broncodilatadores, especialmente se existir dificuldade respiratória ou muita pieira, abrandarão e aliviarão a tosse. Também deve evitar-se o uso excessivo de descongestionantes nasais, visto estes medicamentos poderem tornar as secreções mais espessas e ter efeitos colaterais prejudiciais nas crianças pequenas.
As crianças com bronquiolite são a principal fonte de transmissão da doença, especialmente durante os primeiros dias, quando têm febre, tosse e espirram. As mucosidades nasais e a saliva podem ser contagiosas durante 1 semana ou mais. Na verdade, não há muito a fazer para evitar que as crianças transmitam ou contraiam este tipo de infecções respiratórias. Eliminar os lenços de papel sujos após o seu uso, assim como uma boa lavagem das mãos, pode ajudar a diminuir a transmissão no seio familiar.
Se a bronquiolite for leve, normalmente não é necessário limitar as actividades do seu filho/a porque as crianças adaptam muito bem, por si só, a sua actividade ao seu estado geral. Os bebés e as crianças pequenas poderão regressar ao infantário quando já não tiverem febre, se alimentarem normalmente e se sintam bem (uma tosse ou uma secreção nasal persistentes não são motivo suficiente para ficarem em casa).
Bronquite e  alergia
A bronquite, especialmente se for frequente, pode ser difícil de distinguir de uma alergia, pois os sintomas são idênticos. As alergias tendem a provocar uma secreção de mucosidade relacionada com as mudanças de estação ou com o contacto com o pó, a humidade, etc. A alergia é acompanhada de tosse seca com pieira, espirros muito frequentes e/ou seguidos, irritação dos olhos e lacrimejar abundante. As crianças com alergia não têm febre, rouquidão nem dores musculares. E, contrariamente à constipação, as alergias normalmente duram mais de duas semanas e podem desencadear-se mais bruscamente após a exposição ao elemento que as provoca (pó, pólen, etc.) Uma vez que o tratamento das infecções respiratórias virais e da alergia é diferente, consulte o médico em caso de dúvida.

Observação: As crianças podem inalar pequenos objectos, que, caso cheguem aos pulmões, originarão a pieira semelhante à da bronquiolite. Se o seu filho/a apresentar dificuldade em respirar de forma repentina depois ou enquanto estiver a brincar com objectos pequenos, dirija-se às urgências.

O vírus da gripe pode provocar complicações graves, sobretudo do tracto respiratório inferior –pneumonias e broncopneumonias- em pacientes propensos (idosos, asmáticos, vítimas de cardiopatias ou imunodeficientes). As constipações e as bronquites virais são causadas por diferentes tipos de vírus, diferentes do vírus da gripe –e, portanto, impossíveis de prevenir com a vacinação antigripal-, que também provocam, em crianças pequenas ou mais crescidinhas, catarro ou outras doenças agudas das vias respiratórias (o Vírus Respiratório Sincitial (VRS), por exemplo, é o agente causal mais comum da bronquiolite, seguido do vírus Parainfluenza).
Há mais de 200 tipos diferentes de vírus da constipação –diferentes dos vírus que podem causar a gripe-, sendo os mais frequentes os do grupo de Rhinovirus, por isso não é de surpreender que se possa contrair esta doença com alguma frequência. A época do ano típica em que as constipações aparecem é de Setembro a Maio, período durante o qual algumas pessoas susceptíveis podem apanhar 4 a 8 constipações. Isso depende de vários factores, como a idade, a coexistência de alguma doença crónica, especialmente se afectar o aparelho cardiorespiratório ou ao nível das defesas do organismo. Na infância, a frequência ou não de um infantário ou a presença de irmãos que o frequentam podem ser factores determinantes na incidência do contágio de constipações. Por norma geral, se a criança frequentar o infantário antes de completar um ano, apanhará 1 constipação por semana; se for antes dos 2 anos, 1 cada 2 semanas, e assim sucessivamente.
Geralmente, as infecções agudas das vias respiratórias são contagiadas por outras crianças (é mais comum entre as que frequentam o infantário), pelos irmãos mais velhos ou por outros membros da família nos quais a doença se manifesta como um simples catarro. O vírus contagia-se quando a pessoa infectada espirra ou tosse, expulsando as secreções que contêm o vírus, e estas entram em contacto com a criança directa ou indirectamente (por exemplo, depositam-se na superfície de uma mesa, ou em brinquedos ou outros objectos nos quais a criança toca, e depois leva as mãos à boca ou ao nariz).
Jogar fora os lenços de papel sujos depois de usados, assim como uma boa lavagem das mãos, podem ajudar a diminuir a transmissão no seio familiar.
As bronquites, especialmente se forem frequentes nas crianças mais pequenas, podem ser difíceis de distinguir de uma alergia, pois os sintomas são idênticos. As alergias tendem a produzir uma secreção de mucosidade relacionada com as mudanças de estação ou com o contacto com o pó, humidade, etc. A alergia é acompanhada de tosse seca com sibilos ou pieira, espirros muito frequentes e/ou seguidos, irritação nos olhos e lacrimejar abundante. As crianças com alergia não têm febre, rouquidão nem dores musculares. E, ao contrário da constipação, normalmente as alergias duram mais de duas semanas e podem desencadear-se mais bruscamente após a exposição ao factor que as provoca (pó, pólen, etc.).
A bronquite consiste numa inflamação dos brônquios, que se contraem se estiverem inflamados – com “pieira” ou sibilos ao respirar- e podem causar dificuldade respiratória mais ou menos grave, que por vezes requer medicação de urgência. A pieira normalmente melhora ao fim de 3 a 7 dias, mas a obstrução nasal pode durar mais e a tosse pode persistir até 1 ou 2 semanas.
Existe a crença comum de que as crianças se constipam por “apanharem frio”, “saírem com o cabelo molhado”, “devido à corrente de ar” ou ao “ar frio”, mas não passam de crenças sem grande fundamento, já que está mais do que provado que a causa das constipações são vírus que se transmitem de pessoa para pessoa. Na verdade, o que acontece é que os vírus que causam a constipação comum estão mais presentes durante os meses de frio e reproduzem-se melhor a baixas temperaturas. O contágio dá-se de criança para criança e é favorecido pela convivência em colectividades (colégios e, especialmente, infantários).
Pelo facto de uma criança ter sempre catarro não quer dizer que você tenha feito algo “mal”. É provável que se deva à combinação de diversos factores: em primeiro lugar, à imaturidade do sistema de defesas ou imunitário próprio dos lactantes a partir dos 6 meses de idade, coincidindo com a diminuição das defesas ou anticorpos que a mãe lhe passou no fim da gravidez. Além disso, contraem um maior número de constipações se frequentarem infantários ou se tiverem irmãos mais velhos que o frequentem. Uma constituição alérgica também pode estar implicada, assim como a presença de um crescimento excessivo das vegetações (ou adenóides) e das amígdalas.
A medicação anti-inflamatória com corticóides é muito útil para tratar os sintomas nos estados inflamatórios agudos das vias respiratórias: bronquite obstrutiva ou asmática e laringite. O seu uso em ciclos curtos de 3 a 5 dias não requer precauções especiais, pois não criam “habituação”. A interrupção brusca após o uso crónico de anti-inflamatórios pode comportar um risco maior, que se evita diminuindo as doses de forma gradual em 1 ou 2 semanas.
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