segunda-feira, 28 de março de 2016

Léo na Páscoa de 2016 ... fase dos 2-4 anos uma passagem importante


Tenho 2 anos e meio, essa é uma passagem importante, pois na idade de 2 anos, eu como toda a criança, desconecto o EU do OUTRO. Antes dos 2 anos, ainda não tinha noção exata de quem eu era. Por isso, me olhava no espelho e não me identificava na própria imagem. Não sabia que era eu mesmo  que está vendo. Aos 2 anos essa diferenciação já acontece e eu consigo “controlar” a imagem no espelho. Nesta fase eu possuo apenas o raciocínio concreto. O abstrato ainda não está formado. Exatamente por isso, que os pais devem cuidar da linguagem que usam. Se você diz “Preciso voar daqui, agora!” eu entendo literalmente o que você diz. Ou, “Você parece uma bola de tão gordinho” , me faz  imaginar como uma bola. Mas, por que isso é tão importante? Porque, é nesse período que as imagens ficam impressas em nossa mente. Elas podem interferir em nossa imaginação e nos acompanham por muito tempo. É a fase em que o conhecimento das palavras aumenta, e o aprendizado dos nomes do corpo também. Eu já aprendo nomes como joelho, pescoço, orelha….e o nome da genitália masculina e feminina. Geralmente, os pais nomeiam corretamente diferentes partes do corpo, mas nessa área, por um constrangimento dos próprios pais, nomes diversos são dados. No caso das meninas, nomes como: barata, aranha, perereca e vassoura aparecem como nomes “alternativos” e para os meninos,: pistola, passarinho, documentos, etc… idem. No caso das meninas, são nomes que sugerem nôjo, mêdo e que assustam. São noções passadas e fixadas nesta mente, na fase do concreto e que leva, mais tarde, a encontrarmos adolescentes e jovens com uma imagem distorcida do funcionamento da genitália. Geralmente, apresentam um desconhecimento dessa parte do corpo. Levam uma sensação de “não se pode chegar perto”, é “nojento” ou “não sei direito como funciona”. Se percebe, nesta faixa de idade, o menino segurando seu pênis, frequentemente, com mêdo de que ele de fato possa “sair voando”. A tentativa de disciplinar o filho com esta atitude, ou “mania”, é frequente. Mas os pais ignoram que este comportamento é causado por eles mesmos. Ou, eles se assustam quando vêm o pai preocupado com seus “documentos” que sumiram.
Como é uma fase onde eu já começo a perceber o OUTRO,  já diferencio a expressão de raiva ou de contentamento nos pais. Por isso, não se deve permitir que a criança permaneça no quarto dos pais e presencie a relação sexual, principalmente porque é vista como uma agressão, e não como um ato amoroso. Geralmente, é percebido como uma atitude de agressão do pai, em relação, à mãe.
Como não há pensamento lógico nessa fase, é comum no supermercado eu segurar um pacote de balas, por exemplo, e não querer largá-lo na saída, no caixa. A Mamãe se desespera, neste momento, interpretando tal atitude como rebeldia. Mas para a criança não existe a conclusão de que, poderá receber depois o pacote de balas. É necessário explicar, e levá-la a observar o processo do caixa, para que ela entenda. Pois ela percebe somente o que vê.
Para entender como o OUTRO se comporta, eu faço brincadeira de vestir a roupa da mãe, usar seus sapatos, pois assim vestida como a mãe, ela É a mãe. Então, poderá entender como ela, sua mãe, se comporta. As brincadeiras de pai, mãe, médico, etc… acontecem de maneiras repetidas. Quanto mais ela repetir e fizer esse exercício, mais ela aprenderá o comportamento do OUTRO.
É a fase também do Comportamento Aprendido. Se eu machuquei a mão e recebi um carinho, uma atenção maior, eu irá repetirei tal fato. Direi que estou com a mão machucada, para novamente receber o mesma atenção (Muitos pais repreendem os filhos, neste momento, imaginando se tratar de uma mentira. Não há nesta fase a consciência do saber enganar o outro. Da mesma maneira que, quando você a proíbe de comer algo e se ausenta. Ela come e como não conclui, não entende como a sua mãe sabe que foi ela que comeu. Também não se trata de “mentiras”. Quando fala sobre monstros, ou conta histórias fantasiosas em excesso. É uma fase de grande imaginação criativa).
Como todos meninos tenho mais atividade cerebral do lado direito, preferem os carrinhos, pois lidam melhor com espaço e movimento. Já as meninas, têm os dois lados em atividade e lidam melhor com emoções e linguagem. Enquanto as meninas falam mais, mesmo sozinhas, os meninos já começam a preferir jogos com maior contato físico. (É a fase das mordidas, tapas e dos puxões de cabelo. Este é um comportamento percebido como “agressivo”, no entanto, é perfeitamente normal para esta idade. Isto porque o vocabulário ainda não está desenvolvido e a criança manifesta o que quer através deste comportamento. Em situações assim é suficiente, sempre que ela for bater, segurar a mão dela e dizer: “NÃO PODE; ISSO FAZ DODÓI”) na escolinha um coleguinha me deu uma  dentada na bochecha, passado algum tempo me deu uma mordida nas costas, mas eu nada fiz a não ser chorar.

Antes dos 3 anos, NÃO existe socialização. Ela começa a ser formada a partir de 2 anos e se estabelecendo, por volta dos 3 anos. Exatamente, por isso, que o ideal é que a criança inicie a escola somente por volta dos 3 anos (sem prejuízo algum de aprendizado) e assim mesmo por meio período. Nesse período, é importante que a criança fique com a mãe para que tenha um desenvolvimento emocional saudável e equilibrado. Caso a criança inicie a escola é importantíssimo que a mãe faça o processo de adaptação :
Toda adaptação dever ser FEITA AOS POUCOS.

A adaptação correta e benéfica para a criança começa com a ida dela junto com a mãe que deverá: 
No 1º dia, ficar com ela dentro da sala por 1 hora mesmo que a criança esteja se divertindo. Ela deverá ir embora depois de 1 hora. 
No 2º dia, deverá voltar com a mãe e ficará o mesmo tempo (uma hora). 
No 3º dia, volta com a mãe e fica por 2 horas, 
No 4º dia, 3 horas já com a mãe um pouco afastada da sala, mas visível. 
No 5º dia, o mesmo tempo ou mais, se a criança quiser ficar mais e com a mãe mais distante, talvez no corredor. 
No 6º dia, pelo período total de 4 horas, com a mãe na secretaria, por exemplo, mas indo de vez em quando ver a criança ou se for chamada por ela. 
Nesses dias, caso a criança se canse e queira ir para a casa isto deve ser respeitado.
Caso a criança tenha passado bem esses primeiros dias, a mãe já poderá deixá-la na escola sozinha, dizendo à criança onde estará.
O que acontece, geralmente, em escolas que não têm essa adaptação e supostamente imaginam que a criança irá se adaptar, como ela geralmente para de chorar depois de algum tempo, pois é vencida pelo cansaço, imagina-se que ela está bem.
No entanto, depois de alguns meses, ela começa dar alteração, voltando a chorar e se negando a ir à escola.
Além disso, essa adaptação deve ser feita pela mãe e nunca por algum substituto, como babá, tia, avó, etc…
Mais ainda, se não for feita da maneira acima, provavelmente, a criança apresentará problemas da adaptação mais adiante e tudo terá de começar novamente: nova adaptação…
Em casos, no entanto, onde não haja escola que tenha esse processo de adaptação, a alternativa será:
a) Levar a criança a iniciar a entrada na escolinha somente mais tarde, por volta dos 4 anos;
b) Sempre buscar a criança no horário de saída e nunca se atrasar para que a criança não se sinta mais abandonada, ainda. (Aliás, isso serve para todas as crianças, mesmo as já adaptadas);
c) Compensar a ausência tentando passar o máximo de tempo possível com ela depois da chegada da escola, contando histórias, brincando com seus brinquedos preferidos, etc….
d) Colocá-la para dormir passando algum tempo com ela conversando, cantando, lendo histórias;
e) Evitando passar essa tarefa para o pai, pois nessa idade a criança precisa da presença da mãe.
São diferenças e características fundamentais que ajudam aos pais a terem maior exatidão na conduta com os próprios filhos.

Na escolinha eu não digo nada, mas quando estou fora da escolinha sou muito falador, falo o que ouço dizer, seja palavras bonitas ou feias e conto quem as disse. Daí a importância dos adultos serem mais cuidadosos com o que dizem na minha presença.
Hoje regressei a escolinha, custou muito porque passamos a Páscoa com a família do meu pai eu gostei, mas fiquei um pouquinho triste, queria também passar com o vovô, a Vovó, o bisavô, com a Mani, com o Pati, com o Mumum. Também queria passar com a Miminha, mas para o ano, se Deus quiser eu passarei com eles. a Tia Céu me enviou um bombom gigante (hummm...que gostoso, gosto muito de chocolate, mas a Mamãe vai guardar e depois vai me dando aos pouquinhos, para não fazer mal principalmente aos meus dentinhos):

 

Contendo:
1- jogo
2- Um conjunto de lápis para colorir dentro de um "ovo"
3- Um "coelho" de chocolate
4- Um saco surpresa igual aos dos adultos


 O saco surpresa continha:
1- Um saquinho de "jujuba" de morango feito em casa com um "coelhinho" de chocolate
2- saquinho de amêndoas variadas
3- Uma caixa de bombom formato dominó feito em casa
4- Um saco contendo um mini puzzle com a dica aonde eu poderia ir apanhar o bombom caso eu tivesse ido passar a Páscoa com o Vovô da Mamãe (a Miminha sempre faz uma brincadeira para tornar mais animada, na Pascoa do ano passado fez a caça ao ovo escondido com pegadas do coelho, mas eu ainda era muito pequeno, este ano foi um mini puzzle, como os adultos são mais preguiçosos ela colocou a reposta também, na forma de um "pergaminho" enrolado, para não terem dificuldades, o Mumum e a filha fizeram o puzzle, o Mumum sempre participa animadamente das brincadeiras, assim como a Mamãe e a filha mais velha do Mumum que este ano também não esteve presente.

       






https://artigosdepsicologia.wordpress.com/2009/03/12/a-mente-entre-2-e-4-anos/