Mamãe já só faltam 9 semanas, o susto já passou! Mas a preocupação ainda persiste, o diagnóstico de gravidez gestacional há 2 semanas, deixa qualquer mãe com mais preocupações, até perdeu 1kg de peso, mesmo que digam, principalmente os médicos, que é uma situação que após o nascimento tende a desaparecer, necessitando de uma alimentação mais cuidada, um controle frequente do nível de açúcar no sangue:
O exame da curva glicêmica é muito utilizado nas gestantes e serve para verificar a quantidade de açúcar no sangue após a ingestão de um líquido açucarado preparado especialmente para o exame, em 4 etapas diferentes.O resultado pode ser entregue no mesmo dia após 2, 3 ou 4 horas da última análise.
O exame da curva glicêmica serve para diagnosticar a diabetes mellitus tipo 2 ou a diabetes gestacional. Inicialmente é feita a coleta de sangue em jejum. Depois é dado ao paciente um vidro com conteúdo açucarado que deve ser bebido imediatamente. Após 1, 2 e 3 horas é retirada uma pequena quantidade de sangue que é então avaliada em laboratório. Recomenda-se que o exame seja feito em jejum de 8 horas. E durante o exame não deve-se comer, nem beber nada, sendo necessário ainda ficar de repouso, sentado relaxadamente.
Valores de referência para a curva glicêmica
Inicial: 95mg/dl.
Após 1 hora: 180mg/dl.
Após 2 horas: 155mg/dl.
Após 3 horas: 140 mg/dl.
O diagnóstico de diabetes é dado quando em dois dias diferentes os valores máximos são ultrapassados.
A dieta para mulheres com diabetes deve ser composta por uma alimentação diversificada, porém a atenção deve ser redobrada com os alimentos ricos em açúcar e gordura (alimentos gordurosos e ricos em açúcares como bolachas recheadas, comidas pré-preparadas congeladas, sorvetes e qualquer produtos industrializado devem ser evitados).
A dieta adequada para diabetes gestacional deve manter controlado os níveis de glicose sanguínea para que o bebê não receba açúcar exageradamente. Por isso a mãe deve fazer 5 a 6 refeições pouco volumosas e de preferência sempre acompanhado de alimentos crus ou integrais como arroz integral, pães integrais, cereais e em quantidades determinadas pelo nutricionista que acompanha a gravidez para reduzir o índice glicêmico (O índice glicêmico é a capacidade do organismo de receber o açúcar, mais ou menos rápido. da refeição).
Sugestão de cardápio para a diabetes gestacional:
Refeição
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Alimento
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Café da manhã |
leite semidesnatado ou desnatado
fatias de pão integral com queijo e meia pera. |
Lanche da Manhã | fruta com casca de preferência e/ou acompanhada de uma torrada ou iogurte natural |
Almoço | salada de alface, cebola arroz integral conchas de feijão peito de frango grelhado Sobremesa: gelatina sem açúcar |
Lanche da Tarde | Iogurte natural desnatado com Aveia e Banana |
Jantar |
arroz integral ou cevada
pescada grelhada Salada mista de folhas |
Ceia |
iogurte natural ou minguau de maisena com aveia
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Alimentos com baixo índice glicêmico como frutas sempre com casca e bagaço, alimentos fonte de carboidratos complexos, proteínas e vitaminas, evitando-se os alimentos ricos em carboidratos simples como gorduras, doces e frituras.
Alguns exemplos do que se pode comer na diabetes gestacional são:
- legumes e verduras como acelga, berinjela, couve flor, espinafre, pimentão, repolho, salsinha, tomate, alho poró, brócolis, beterraba, cenoura, chuchu;
- cereais ricos em fibras;
- carnes magras com pouca gordura como peito de frango sem pele, peixes com carne branca, coelho;
- leite e iogurte sempre desnatado, queijo branco; frutas frescas mas em pequena quantidade de sempre com casca e bagaço.
O que não comer na diabetes gestacional
- todos os doces caseiros ou industrializados;
- refrigerantes, bebidas alcoólicas, sucos industrializados;
- frutos secas;
- todas as frituras, manteiga, margarina;
- todos os alimentos que contenham gordura hidrogenada;
- carnes gordurosas como picanha e carne de porco;
- leite e iogurtes integrais, queijos amarelos.
É muito importante que a mulher saiba o que pode e o que não pode comer, pois assim ela conseguirá manter os níveis de glicose sanguínea constantes pois assim o bebê têm menos chances de ser negativamente afetado.
Alguns exemplos de alimentos com baixo índice glicêmico são: leite integral e desnatado, iogurte natural e iogurte light, All Bran, maçã, damasco fresco ou seco, pera, feijão manteiga, lentilha, feijão de soja, espaguete, amendoim, sopa de tomate, ameixa, cereja, melão,ervilha, nozes, pão de cevada, farelo de arroz, alcachofra, brócolis, repolho, aipo,couve, berinjela, alface, cogumelo, espinafre, nabo, abobrinha. Todos estes alimentos têm um índice glicêmico menor que 60 e devem ser consumidos pelos indivíduos que estejam seguindo alguma dieta para emagrecer, pois assim, o açúcar chegará mais lentamente ao sangue e o indivíduo terá menos fome.
O Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) é a intolerância a carboidratos, diagnosticada, pela primeira vez, na gestação. A deterioração da tolerância à glicose ocorre, particularmente, no 3º trimestre. Seu diagnóstico e tratamento são importantes já que a hiperglicemia está associada a complicações maternas e fetais.Nos EUA utiliza-se o rastreamento seletivo para DMG, conforme fatores de risco, já na maioria dos países europeus opta-se pelo rastreamento universal. Desde sua descrição, no início dos anos 1950, o diagnóstico do DMG tem sido controverso, existindo diferentes critérios. O'Sullivan e Mahan propuseram o teste de tolerância oral a glicose (TTOG) com 100g e duração de 3 horas e validaram os valores de corte visando o diabetes materno posterior à gestação. Utilizava-se a técnica de Somogyi-Nelson, em sangue total, para mensurar a glicose. Em 1979, quando a maioria dos laboratórios usava plasma ou soro, o National Diabetes Data Group (NDDG) ajustou os limites diagnósticos de O’Sullivan e Mahan, que se tornaram 15% mais altos. Em 1997, no Fourth International Workshop Conference on Gestational Diabetes, a American Diabetes Association (ADA) propôs os limites de Carpenter e Coustan, que representam a conversão dos
valores de O'Sullivan e Mahan para plasma ou soro utilizando métodos enzimáticos de análise da
glicose. Esses valores de corte são menores que os propostos pelo NDDG. Por outro lado, em muitos
locais, os critérios usados para o diagnóstico do DMG são os propostos pela Organização Mundial
de Saúde (OMS). São considerados fatores de risco para DMG:
• Idade superior a 25 anos
• Obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual
• Deposição excessiva de gordura corporal central
• História familiar de Diabetes Mellitus em parentes de 1ºgrau
• Crescimento fetal excessivo, polidrâmnio, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez
• Antecedentes obstétricos de morte fetal ou neonatal, de macrossomia ou de DMG.
A ADA considera que gestantes de baixo risco para desenvolver tolerância prejudicada à glicose
não necessitam ser triadas para DMG. O grupo de baixo risco compreende mulheres que preenchem
todos os seguintes critérios:
• Idade inferior a 25 anos
• Peso normal
• Ausência de história familiar de DM
• Ausência de história de metabolismo anormal de glicose
• Ausência de história obstétrica de má evolução
• Não pertencer a grupo étnico com elevada incidência de DM.
A literatura ressalta que se for pesquisado apenas em pacientes com fatores de risco, somente 50% dos casos serão detectados.
Rastreamento e Diagnóstico do Diabetes Mellitus Gestacional
Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) recomenda o rastreamento em todas as gestantes, através da glicemia de jejum, na primeira consulta. Mulheres com glicemia 85mg/dl devem fazer teste diagnóstico. Gestantes com rastreamento negativo devem repetir a glicemia de jejum na 20ª semana.
Em 1999, por analogia à inclusão da categoria intolerância a carboidratos no diagnóstico de DMG, o Grupo de Estudo em Diabetes e Gravidez adotou a faixa de glicemia entre normalidade e diabetes para a população geral (110-126mg/dl), como valor de corte para DMG. Em 2003, a ADA redefiniu o valor de glicemia de jejum normal como menor que 100mg/dl, entretanto, tal ponto ainda não foi validado para diagnóstico de DMG. Assim, glicemia, após jejum de 8 horas, >110mg/dl requer confirmação imediata e um
segundo resultado > 110mg/dl define o diagnóstico de DMG. Para glicemias de jejum inferiores a 110mg/dl, o diagnóstico é glicemia > 140mg/dl após sobrecarga oral com 75g de glicose em 2 horas, padronizado conforme orientações da OMS.
Diagnóstico de DMG pelo teste de sobrecarga oral
1-Sobrecarga com 100g de glicose*
Jejum 95
1 hora 180
2 horas 155
3 horas 140
2- Sobrecarga com 75g de glicose*
Jejum 95
1 hora 180
2 horas 155
*Dois ou mais valores alterados, nos testes de sobrecarga oral de glicose, sugerem DMG.
http://www.hermespardini.com.br
http://www.tuasaude.com/exame-da-curva-glicemica/
É normal que sinta o seu corpo lento e desajeitado, se sinta descoordenada e com pouco equilíbrio, isto acontece porque o seu estômago e as suas articulações se encontram algo instáveis por causa dos hormônios. Tenha cuidado quando descer escadas ou quando chover.Também é comum que se sinta com falta da memória, visto que vai andar distraída pensando muito em mim e no dia do parto.
Eu já meço cerca de 40 cm e peso cerca de 1400-1500 gr. A gordura debaixo da minha pele está ficando mais espessa, a pele já não é tão escura nem tão vermelha como nas fases anteriores da gestação.
A gordura constitui agora 3,5% do meu peso corporal o que ainda está relativamente longe da percentagem do final da gestação que será 15%. Nesta fase os desenvolvimentos mais significativos são nos meus pulmões. As células que revestem os saquinhos de ar dos pulmões segregam uma substancia (surfactante) que impede que os tecidos dos pulmões se colem uns aos outros.
É uma etapa importante do meu desenvolvimento porque sem esta substancia eu não seria capaz de sobreviver fora do útero.