Cada mulher apresenta um ritmo e necessidades diferentes durante o trabalho de parto, portanto é muito importante que ela seja amparada pelo serviço de saúde e que ela saiba reconhecer os sinais e sintomas que indicam que o parto está se aproximando e quando ele já começou.
O corpo pode avisar que o momento do parto está chegando de 10 a 15 dias antes do nascimento do bebê. Neste período, a gestante perceberá alguns sinais:
- o bebê se posiciona mais para baixo, o que dá uma sensação de compressão no baixo ventre que pode ser acompanhada de dor nas costas (lombar) mais intensa;
- o abdômen endurece e poderão ocorrer algumas contrações indolores e irregulares.
- Quando ir para maternidade: Alguns sinais indicam quando está na hora de ir para a maternidade. Quando houver pelo menos um destes sinais deve-se procurar o serviço:
- ao sentir duas contrações com duração de 20 a 60 segundos no período de 10 minutos;
- rompimento da “bolsa d’água”: sai pela vagina uma grande quantidade de líquido, geralmente amarelo claro, de forma indolor. Caso esse líquido esteja escuro, esverdeado, com muito sangue ou marrom, deve-se procurar imediatamente a maternidade.
- Descolamento do tampão de muco que bloqueia o colo do útero. Quando isso acontecer, a gestante perceberá sair pela sua vagina uma geléia amarela-rosada.
Atenção: Depois do aparecimento destes sinais, é preciso ir para a maternidade que foi indicada para o parto. A ida para a maternidade pode ser feita com calma, pois dos primeiros sinais até o nascimento há tempo para que se chegue com tranqüilidade, especialmente quando é a primeira gestação. Exceto se o líquido que sair pela vagina estiver esverdeado, com muito sangue ou marrom, neste caso deve-se ir para a maternidade o mais rápido possível.
PARTO E TRABALHO DE PARTO NORMAL
Quando ocorre um acompanhamento pré-natal adequado, a gestante deve estar informada e preparada para o trabalho de parto e o parto em si.
As orientações sobre a mãe e os cuidados com o bebê, técnicas de respiração, como manejar a dor, a participação do pai e a importância de conhecer o mecanismo do parto, devem estar bem esclarecidas.
O trabalho de parto envolve várias fases e a gestante em geral dispõe de um tempo suficiente para chegar ao hospital e ter um atendimento adequado.
No final da gravidez deve manter preparada uma sacola com as suas coisas e as roupas do bebê, estar informada sobre os primeiros sinais do início do trabalho de parto, ser alertada para possíveis situações de emergência e dispor de ajuda e meios para se locomover ao seu hospital.
| Na fase precoce do trabalho de parto a gestante pode sentir uma maior pressão sobre a bexiga, pode apresentar diarréia e dor severa nas costas. As contrações, embora ainda não dolorosas, se tornam mais freqüentes. Nesse período o colo do útero amolece, iniciando o seu processo de apagamento e dilatação. Geralmente ocorre o que se chama de perda do tampão mucoso, com o aparecimento de um corrimento espesso e sanguinolento. Quando as contrações uterinas começam a ficar mais intensas e regulares, pode ou não ocorrer o rompimento da bolsa de líquido amniótico, que muitas vezes escorre pelas pernas, molhando as roupas. Na maior parte dos casos essa é a hora de chegar ao hospital. |
| No momento da internação hospitalar, são realizados vários procedimentos de rotina, como a medida da temperatura, da pressão arterial e da freqüência cardíaca da mãe e do feto. A gestante é instruída para permanecer deitada de lado, em jejum, podendo ingerir apenas água. Uma via intravenosa, para receber líquidos, pode ser instalada. Medidas como o enema (lavagem intestinal) e a tricotomia (raspagem dos pêlos pubianos) não são mais realizadas de rotina na maioria dos hospitais. |
| Quando as contrações uterinas adquirem um ritmo constante e regular, inicia-se a fase ativa do trabalho de parto. Nessa fase é importante o monitoramento adequado da freqüência cardíaca fetal, atentando para sinais que indiquem sofrimento do feto. Se as contrações se tornarem muito dolorosas pode ser necessário algum tipo de medida para aliviar a dor. A mais usada é a chamada analgesia peridural, mas esta requer centros hospitalares mais equipados e a presença de um médico anestesista. O andamento do trabalho de parto é acompanhado através de um gráfico chamado de partograma. Com isso, é possível detectar precocemente alterações que venham interferir na boa evolução do trabalho de parto, antecipando situações que podem determinar a necessidade de uma intervenção cirúrgica, conhecida por cesariana. |
| No final dessa fase, com o colo uterino dilatado, a gestante sente uma pressão maior no períneo e a necessidade de empurrar como se fosse evacuar. É o chamado "puxo". Na maioria das vezes a gestante é levada para uma sala onde ocorrerá o parto, a sala de parto. Colocada em uma cama especial, em posição ginecológica e com a cabeceira elevada, iniciam-se as manobras que facilitarão o nascimento. Algumas vezes pode ser necessário realizar uma pequena incisão, geralmente lateral no períneo, para facilitar a saída do bebê, chamada de episiotomia. |
| Em seguida ao nascimento, o cordão umbilical é clampeado e cortado. O bebê é levado para receber os primeiros cuidados por um médico pediatra e após é colocado junto à sua mãe, podendo ser amamentado imediatamente. |
| Enquanto isso, o médico obstetra realiza as manobras de expulsão da placenta, revisão do trajeto do parto e sutura da episiotomia. |
| A mãe é colocada em observação nas primeiras horas após o parto, para o controle de eventuais sangramentos e a recuperação da analgesia peridural. |
Posição do feto intra-útero antes de iniciar o trabalho de parto
Feto desprendendo a cabeça durante o parto
Feto desprendendo o ombro anterior
Feto desprendendo o ombro posterior
http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?319&-parto-e-trabalho-de-parto-normal
http://infanciasaudavel.net/index.php?option=com_content&view=article&id=68:preparo-para-o-parto&catid=4:parto&Itemid=5
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