segunda-feira, 8 de julho de 2013

Parto Pré-termo/Prematuro


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Trabalho de parto prematuro está aumentando nos dias de hoje, esse aumento maioritariamente é atribuída ao stress. O stress de qualquer tipo, seja ele emocional tensão,  até mesmo de exaustão, pode levar a um parto prematuro. Porque o stress leva à libertação de hormônios no organismo da mulher que por sua vez levam a contrações e trabalho de parto prematuro. Stress físico também pode ter contribuído através de dieta saudável e algumas condições médicas, como anemia e diabetes.
Além do stress materno ou fetal, outros fatores como infecções e hemorragias podem levar ao parto prematuro. Normalmente, o trabalho é desencadeado devido a resposta natural imune do corpo a infecções, como infecções do trato urinário, infecções vaginais e infecções sexualmente transmissíveis mesmo.
O problema da clinica e diagnostico do parto prematuro começa ainda no prenatal. O medico tem que  pensar nos fatores de risco do parto prematuro:
  1. Epidemiológicos – sócio econômico (menor nível, desnutridas), gravidez indesejada, pré-natal inadequado, stress (atenção à profissão !!!), tabagismo, alcoolismo, consumo de drogas
  2. Ginecológicos: amputação do colo uterino, malformações uterinas (útero septado, bicornes, miomas)
  3. Obstétricos: presença de infecção amniótica (ascendente, atenção as secreções) – ativação das elastases que origina o apagamento do colo e as vezes a rotura das membranas, alterações hormonais (especialmente alterações de progesterona), incompetência cervical (colo que não consegue segurar o feto – a historia típica e aquela grávida que da luz mais e mais cedo cada gravidez), DPP (descolamento prematuro da placenta), placenta prévia, malformações fetais, partos prematuros anteriores.
  4. Clínico-cirúrgicos: diabetes, HTA, doenças de tireóide, infecções, doenças renais), as vezes e prematuridade eletiva.
  5. Iatrógenos: Erros de calculo na idade gestacional
  6. Idiopáticos – partos prematuros sem motivo ou com motivo desconhecido
A prevenção, então, tem que ser a maior preocupação do obstetra ou do Clínico. Alias, fazer profilaxia. Profilaxia pode ser primaria, secundaria ou terciária. Porém, na maioria das vezes, e quase impossível remover os fatores de risco. Imaginem uma grávida com diabetes, ou com alguma malformação do útero ou mesmo do colo. Melhor funciona a profilaxia secundaria – isto e despistar as alterações e estabelecer uma conduta profilática. A profilaxia terciária – inibição de trabalho de parto – vai usar a tocólise.
1. Vigiar as contrações =>A grávida esta com contrações mais fortes que esperado?
2. Fazer medidas do fundo uterino =>Pode se fazer pelo toque vaginal, mas e melhor usar a ultrasonografia porque o toque pode ter caráter subjetivo. Hoje  sabemos que um colo normal é um colo acima de 30 mm. Até 26-28 cm não tem risco de acontecer um parto prematuro. Já um colo com menos de 20 mm é problemático, especialmente de 20-24 semanas.
Escala do PAPIERNIK Ele usa os seguintes fatores:
Fatores sócio-profissionais
Constituição da grávida
Antecedentes da grávida
Evolução das gravidezes anteriores
Ele anota esses fatores de 1 a 5. O total classifica o grupo de risco da grávida:
1 – 5 não tem risco
5 – 10 risco potencial
Acima de 10 o risco e evidente
1
2 crianças ou mais sem ajuda familial
Nível sócio econômico precaro
Curetagem a intervalo curto depois o ultimo parto
Trabalho no céu aberto
Fadiga normal
Aumento excessivo de peso
2
Gravidez ilegítima
Idade menor de 20 anos
Idade maior de 35 anos
Curetagens
Mais de 3 andares sem elevador
Mais de 10 cigarros/dia
Aumento do peso com menos de 5 kilos
Albuminúria
Hipertensão
3
Nível econômico-social muito baixo
Altura menos de 1,55
Peso embaixo de 45 kilos
Curetagens
Uter cilíndrico
Varias viagens diárias
Esforços incomuns
Trabalho cansativo
Viagens longos
Diminuição de peso desde a ultima consulta
Cabeça baixa, segmento inferior já formado,
Pelviána a 7 meses
4
Idade menos de 18 anos
Pielonefrite
Metrorragias no segundo trimestre,
colo curto ou deiscente,
útero contratil
5
Malformações uterinas,
1 aborto tardio,
1 parto prematuro
Gestação múltipla
Placenta praevia
hidramnio

A desvantagem destes sistemas de avaliação é que não considera alguns fatores epidemiológicos como estado febril, doenças preexistentes, infecções vulvo-vaginais.
Então deve ser considerado:
  • Idade menos de 20 anos
  • Celibatária
  • Peso inferior a 50,8 kilos
  • Fumante
  • Vários abortos espontâneos, especialmente no segundo trimestre
  • Gestações múltiplas
  • Histórico de parto prematuro na ultima gravidez
  • Histórico de neonato morto ou morte perinatal nas ultimas gestações
  • Infecções do trato urinário durante a gravidez
  • Atividade uterina importante espontânea antes do prazo
  • O orifício uterino dilatado
  • Hemoglobina inferior a 9g/100 ml
Conduta terapêutica
A grávida com risco alto de parto prematuro, o terapeuta logo tem que decidir quais são as decisões que tomará no pré-natal:
  • Recomendações de higiene (repouso no leito em decúbito lateral esquerdo)
  • Recomendações de dieta
  • Recomendações multidisciplinares
  • Suplemento de progesterona => A progesterona (pro=por ; gesta=gravidez) normalmente é secretada pelo corpo lúteo, e favorece o silencio uterino, falta das contrações uterinas. O corpo lúteo secreta mediado pelo LH, mas, se existir uma insuficiência ovariana de causa hipofisária e o for insuficiente, pode correr risco de parto prematuro pela insuficiência de corpo lúteo, ai, vamos precisar de impedir isso suplementando a progesterona.  Esse tipo de tratamento esta indicado especialmente nas grávidas que foram inseminadas artificial, aonde o eixo FSH e LH esta inibido, também a secreção de progesterona. A progesterona não é  um tratamento comum na profilaxia do parto prematuro.
  • Cerclagem, se for incompetência cervical, consiste em suturar, “costurar”o colo do útero da gestante para evitar que o feto nasça prematuro. É indicada àquelas que têm o colo do útero curto ou esperam múltiplos. Deve ser realizada entre a 14a e a 16a semanas de gestação. O procedimento.
  • Tocólise (se todas as outras medidas falharam, vai ter que pensar fazer tudo possível para adiar o parto. Ai que vem a confusão, ou pelo menos pode surgir. A tocólise não e para “empurrar” o parto o mais tardio possível. Isso não existe. A tocólise e para “atrasar” só. Atrasar quanto? Exatamente quanto seja possível para conseguir uma maturação dos pulmões do prematuro – isto é 48-72 horas, intervalo no qual vai administrar corticóides. Também, serve para dar tempo a transferir a grávida num serviço de obstétrica aonde o parto pode ser feito. A tocólise está limitada também, por algumas condições:
  1. As contrações têm que estar rítmicas
  2. Tem que pegar o trabalho no período de latência – acima de 3-4 cm não tenta mais tocólise porque não vai funcionar
  3. A idade gestacional não pode ser inferior de 22 semanas (já não e mais trabalho de parto, mas sim aborto) e nem acima de 34 semanas .
A  tocólise não é realizada:
  • Temos sofrimento fetal
  • Malformações fetais
  • Rotura prematura de membrana (duvidoso!)
  • Infecção amniótica (não dá para usar corticóide, não adianta fazer corticoterapia por feto)
  • Placenta e placenta praevia (morbidade que necessita resolver e não postergar o parto)
Condições que não são muito compatíveis com a prorrogação do parto (HTA, gravidez, lúpus, etc)
Escolha do Método da tocólise
  1. hiperhidratação => O mecanismo e a diminuição da secreção hormonal pela hipófise. A diminuição de ADH e, provavelmente, a diminuição de secreção hipofisaria de ocitocina causa a diminuição de contração uterina. O problema é, que, na verdade, a hiperhidratação não vale grande coisa se o trabalho prematuro já começou. Mas, quando as coisas estão no começo a hiperidratação pode ter efeito.
  2. Beta-agonistas:
  3. Bloqueadores do canal de cálcio
  4. Álcool etílico
  5. Sulfato de magnésio
  6. Inibidores de prostaglandinas
  7. Corticoterapia => Para acelerar a maturaçãodo pulmão do feto. (Dependendo do hospital, a corticoterapia pode ser usada entre 26 e 34 semanas.)
Depois que decidir que uma grávida está em iminência de parto prematuro, é  verificado se NÃO existe uma das seguintes condições:
  • Placenta prévia
  • Hemorragias retroplacentárias
  • Infecção amniótica
  • Doenças cardiovasculares maternas
  • Tireotoxicose
  • Diabetes
  • Hipertensão arterial
  • Malformações
  • Morte em útero
O prognóstico materno é bom, a única coisa que pode ser ruim para mãe é uma depressão por não conseguir sustentar um parto até o prazo. Também, o prognostico depende muito da condição que iniciou o parto prematuro.
Em contraste com o prognostico bom por mãe por feto o prognostico não e tão bom, não. A mortalidade e bastante alta (3-15%) também, a morbidade.
O prognostico do feto depende também do peso ao nascer, idade gestacional, mas também dos cuidados que o prematuro recebe no berçário.O prognostico fetal ao longo prazo pode ser assombrado de enfermidades motoras, cerebrais e intelectuais.
Corticoterapia é uma das melhores medidas que pode ser tomada, se for possível adiar o parto. A grávida com iminência de parto prematuro não precisa de ciclos de corticoterapia repetidos. E inútil, e algumas pesquisas indicam distúrbios de tubo neural nas crianças que nasceram de mães com corticoterapia exagerada.
No parto pré-termo/parto prematuro a cesariana é a melhor via, o parto via vaginal pode eventualmente ser realizado, desde que o feto tenha entre 1kg-2,5kg.
O mais temido síndrome que pode assombrar o prognóstico do prematuro é a síndrome de angústia respiratória do neonato, que pode causar grande mortalidade, especialmente por prematuro. A causa principal e a doença das membranas hialinas, causada pela impossibilidade ou baixa capacidade de secretar surfactante.

http://centrodeartigos.com/conhecimento/artigo-224466795.html
http://www.misodor.com/PARTO%20PREMATURO.php

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